Couros – Zona de Cantos e Encantos

Centro Internacional das Artes José de Guimarães

O reconhecimento do património histórico e cultural de Guimarães conflui com o potencial criativo que se expande na cidade onde nasceu Portugal, passando a integrar desde 2019 o relatório da Cidades Culturais e Criativas da Comissão Europeia, denotando neste contexto uma marca distintiva e com visibilidade internacional, a partir do Centro Histórico de Guimarães – classificado como Património da Humanidade – e um conjunto de projetos de regeneração urbana a fim de potenciar o património histórico edificado, o tecido das indústrias criativas, assente numa programação e criação contemporânea.

Assim reescreve-se a história da Zona de Couros, uma “nova área” que é proposta para a lista indicativa da classificação como Património Cultural da Humanidade – alargando a área atualmente classificada. Uma zona de cantos e encantos que é descoberta de uma forma espontânea, a cada passo, e sente-se com vários olhares.

A Zona de Couros oferece um valor único a Guimarães e ao Mundo, assente nos equipamentos criados para a produção de ciência, conhecimento, arte e cultura, abrangendo áreas de desenvolvimento urbano contemporâneo ao “Centro Histórico” classificado, bem como áreas de expansão recente. Disso são exemplos o Centro de Ciência Viva, a Universidade das Nações Unidas (ONU-EGOV) e ainda o Instituto de Design de Guimarães (IDEGUI), o Centro Avançado de Formação Pós-Graduada e também o renovado complexo do Teatro Jordão e Garagem Avenida que permite albergar a Escola de Teatro e Artes Performativas da Universidade do Minho, assim como a Escola de Música do Conservatório de Guimarães, num conceito de universidade sem muros e aberta à interação com a sociedade ao qual se designa “Campus de Couros”.

Arte urbana

Aqui nasce o Bairro C, resultado de um projeto do Município de Guimarães que pretende reinterpretar o território, com a potencialidade de sensibilizar a população para a importância histórica do património edificado, no âmbito de áreas como a Comunidade, Conhecimento, Cultura, Ciência ou Criatividade. Pode ser considerada uma rede de polos, com monumentos visitáveis, museus, igrejas, centros de exposições, salas de espetáculos e organismos de formação, bem como parques, jardins e espaços públicos com infraestruturas criadas para acolher e apoiar visitantes, desde os hotéis, restaurantes, cafetarias e bares.

Num ambiente de formação artística, em pleno coração da cidade de Guimarães, é possível apreciar a arte pública e a instalação de arte urbana, cruzando ainda com performances artísticas. É inevitável respirar a história e aspirar um novo mundo, contemporâneo, numa visita a outros equipamentos como a Casa da Memória de Guimarães – um centro de interpretação e conhecimento que expõe, interpreta e comunica testemunhos materiais e imateriais sobre o território e história de Guimarães. Ou, ainda, ao Centro Internacional das Artes José de Guimarães – que reúne peças oriundas de diferentes épocas, lugares e contextos em articulação com obras de artistas contemporâneos.