Covid-19: SATA diz que suspensão de voos deve-se à “fraca procura” e à adoção de “boas práticas”

A companhia aérea açoriana SATA disse esta quarta-feira que a suspensão dos voos do grupo até 30 de abril se deve à “fraca procura” e à adoção de “boas práticas” dos transportes aéreos face à pandemia da Covid-19.

“Informa o grupo SATA que se tratou de uma medida de antecipação e de gestão comercial, considerando a fraca procura que se regista nos voos, a partir do dia 30 de março, tendo em conta a apreensão demonstrada pelos passageiros”, lê-se numa nota de imprensa à qual a Agência Lusa teve acesso.

O grupo, detentor da Sata Air Açores (responsável pelos voos entre as nove ilhas do arquipélago) e pela Azores Airlines (que faz a ligação entre a região autónoma e o exterior), também justifica a suspensão com a implementação das “boas práticas adotadas pelo setor dos transportes aéreos, perante o cenário incerto com que todos se confrontam”.

A SATA reitera que a operação do grupo tem sido reprogramada “em estreita colaboração” com a Direção Regional de Saúde dos Açores, podendo a companhia realizar “ligações aéreas pontuais” durante o próximo mês. “No decurso do mês de abril, poderão ser realizadas ligações aéreas pontuais, havendo motivo e ocupação que se justifique, e mediante autorização expressa das autoridades de saúde”, aponta a companhia aérea.

A nota de imprensa foi enviada após os clientes terem sido notificados ao final da tarde de ontem da suspensão da operação, tendo sido dada possibilidade de reagendamento da viagem até ao final do ano ou do pedido de um ‘voucher’ para planear futuras viagens.

Nessa mesma comunicação aos clientes, a SATA garante que se encontra empenhada em realizar voos de “transporte de bens essenciais” e de “casos de força maior”, salientando, contudo, que a suspensão poderá ser reavaliada de acordo com a evolução do surto da Covid-19.

No dia 19 de março, o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, determinou a suspensão das ligações aéreas da transportadora SATA entre todas as ilhas da região, exceto os voos de transporte de carga ou casos de força maior.

Nesse mesmo dia, Vasco Cordeiro informou também que o executivo regional tinha dado orientações, enquanto acionista único da empresa, ao conselho de administração da Azores Airlines para “suspender todas as ligações aéreas do exterior à região, exceto os voos de transporte de carga ou casos de força maior, desde que devidamente autorizados pela Autoridade de Saúde Regional”.