CTP critica “regressão” no financiamento às empresas do setor

 

O presidente da Confederação do Turismo Português, Francisco Calheiros, criticou, na sua intervenção na sessão de encerramento do 27º Congresso Nacional da AHP, a “regressão” que se assistiu nos últimos anos no que ao financiamento das empresas do setor diz respeito. Segundo o responsável,  “no que respeita a este tão importante instrumento para as empresas, não só não se evoluiu, como se regridiu: o Banco de Fomento tarda em arrancar; o Portugal 2020 tarda em chegar às empresas; o  financiamento é escasso e caro;e em vez de se ter dinamizado as duas capitais de risco do Turismo de Portugal, optou-se por integrá-las na Portugal Ventures, com um impacto quase nulo para as empresas do nosso setor”, explicou.

Nesta ocasião, Francisco Calheiros voltou a mostrar a sua preocupação sobre o momento politico que o país atravessa. De acordo com o presidente da CTP, “Portugal necessita de estabilidade para assegurar a credibilidade externa; para manter as condições de recuperação económica e social do país e para assegurar o exercício de recuperação das contas públicas e promoção da justiça social”. Portugal necessita, na sua opinião,  de “compromissos” que “devem ter como base primordial a defesa do posicionamento em questões que merecem apoio social com maioria qualificada como sejam:  pertença à Europa e ao Euro; pertença a um espaço geopolítico que é o das sociedades democráticas e desenvolvidas; a defesa da economia de mercado e das liberdades; e o desenvolvimento económico com justiça social”.

No que respeita ao futuro, Francisco Calheiros afirmou  “a necessidade de se ver assegurada na estrutura do novo Governo um reforço do Turismo”. O responsável lembrou ainda alguns dos temas que a CTP tem como prioritários: a promoção; a política laboral, na reforma do Estado e burocracia; e nos custos de contexto, promovendo a eliminação de «taxas e taxinhas».