CTP espera que Governo aprove “as tão desejadas medidas para a capitalização das empresas”

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e a PwC discutiram hoje, em webinar, a “Retoma do Turismo em Portugal – It’s time to restart”, em conjunto com a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.

Francisco Calheiros, presidente da CTP, aproveitou a ocasião para agradecer publicamente a Rita Marques “tudo o que tem feito pelo Turismo neste período tão conturbado”, explicitando que “temos que ter a noção de que muitas medidas foram exclusivamente definidas para o turismo” como os 1,7 milhões de euros inicialmente disponibilizados para o setor e os 60 milhões de euros de microcrédito do Turismo de Portugal. O responsável avança que “ainda existe verba disponível”.

O presidente da CTP enaltece também “a medida do lay-off tão importante para todas as nossas empresas” e considera estas “medidas fundamentais para a retoma do turismo português”. Segundo Francisco Calheiros, o que se pretende é “termos a oferta instalada e as empresas preparadas para satisfazer a procura”.

Encontra-se agora em negociação um segundo pacote de medidas a ser aprovado, esta quinta-feira, em Conselho de Ministros. Francisco Calheiros espera a continuação do lay-off, ainda que em moldes distintos; mais medidas fiscais “que neste momento não passam de meras moratórias fiscais e esperamos que acabem”, como a questão do PEC e do pagamento por conta, e finalmente “as tão desejadas medidas para a capitalização das empresas”. O responsável acredita que os fundos aprovados pela UE “vão com certeza trazer alguma situação de fundo perdido às empresas, que é fundamental para se poderem recapitalizar”.

97% de quebra de receita em abril 

O presidente da CTP comenta que “se há situação difícil de gerir é esta de equilíbrio entre saúde pública e economia” e que, desde o primeiro momento, a Confederação do Turismo de Portugal definiu quatro preocupações: saúde pública, manutenção dos postos de trabalho, viabilização das empresas e medidas para a retoma. Para Francisco Calheiros, “não vale a pena estar a falar do tsunami que o turismo sofreu com esta pandemia”, e que é do conhecimento de todos, mas refere um valor que ilustra melhor esta situação: 97% de quebra de receita em abril. “É um preciosismo porque praticamente foi termos as nossas empresas todas paradas”, realça.