Cuba: A vibrante capital de Havana conta uma história de outros tempos

Viajar por Cuba é como recuar no tempo, com as suas casas coloniais e carros antigos, conhecer a história do comunismo que ali viveu e permaneceu, deixar-se deslumbrar pelas paisagens naturais e contagiar-se pelos ritmos latinos, que espreitam do interior dos bares e que saem à rua. A Ambitur percorreu um pouco do país, a convite do Turismo de Cuba, na companhia da Havanatur, e desvendou o seu encanto.  

Tudo começou na vibrante Havana, a capital de Cuba, que celebra 500 anos. Além de ser a capital é também a maior cidade do país, concentrando cerca de 2,5 milhões de pessoas, que revela uma beleza arquitetónica sem precedentes, onde se conjuntam diferentes estilos entre o colonial, o barroco, o neoclássico e o eclético. Ficámos hospedados no Iberostar Parque Central, um dos hotéis mais antigos e conhecidos da cidade que, a par de Havana, conserva a magia de outros tempos na sua decoração e elegância.

Um dos atributos de Havana são sem dúvida os carros clássicos, que remontam à década de 50, que por lá se conduzem. Após a revolução, muitas foram as restrições comerciais impostas ao país e nenhum carro podia ser exportado dos EUA. Os restantes países ficam demasiado longe, torna-se muito caro, pelo que os cubanos tiveram de se “contentar” com os carros da altura sem os conseguir modernizar. Continuam a funcionar graças a peças improvisadas, muitas construídas à mão, e hoje são um dos maiores atrativos turísticos do país.

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Cuba celebra também 100 anos de relações diplomáticas com Portugal e prova disso é que, a dada altura, na parte “velha” de Havana, nos cruzamos com uma estátua de Camões e com um café em tempos frequentado por Eça de Queiroz, que assumiu o papel de cônsul de Portugal em Havana, cuja decoração hoje mostra elétricos de Lisboa.

Havana permanece no imaginário de muitos escritores, como é o caso de Ernest Hemingway, que viveu durante muitos anos no edifício do atual Hotel Ambos Mundos — onde visitámos um quarto dedicado ao escritor com vários objetos seus — e frequentava o restaurante e bar Floridita que tornou célebre com a frase: “O meu mojito na Bodeguita del Medio e o meu daiquiri na Floridita“. Paragem, portanto, obrigatória para tomar um daiquiri bem acompanhado de música ao vivo.

Subimos ao Capitólio, construído em 1929 à imagem do Capitólio norte-americano, em Washington, que foi sede do Governo até à Revolução Cubana (1959). O imponente edifício serve hoje de palco aos ministérios da Ciência, Ambiente e Tecnologia e, no seu interior, podemos ver a terceira estátua mais alta do mundo, assim como um diamante de 25 quilates encriptado no chão.

O verdadeiro Museu do Rum fica a cargo da marca Havana Club (1878), para contar a história da sua origem, dar a conhecer todos os processos de como se faz o rum e até provar algum, num agradável pátio interior ou na zona do bar. Uma curiosidade é que a imagem da Havana Club presta homenagem à única governante mulher do país que, reza a lenda, esperou anos numa torre pelo marido que partira à descoberta. Antes de beber rum, os cubanos deixam cair algumas gotas ao chão em homenagem aos Santos.

Pela noite fora nada melhor do que participar na cerimónia do Cañonazo, realizada na Fortaleza de La Cabaña, que consiste num espetáculo teatral durante o qual atores vestidos a rigor — com trajes militares do séc. XVIII — reencenam o disparo de um canhão sobre o Porto de Havana, ritual que na altura significava o fecho dos portões da cidade no final de cada dia.

 

 

Cuba

  • Ilha das Caraíbas, América Central
  • Área – 110.861 km²
  • População – 11.238.317 habitantes
  • Língua oficial – Espanhol
  • Moedas – Peso Cubano e Peso Convertível
  • Atingiu os 4 milhões de visitantes estrangeiros

*A aventura não fica por aqui, a Ambitur publicará ao longo dos próximos dias mais sobre o destino Cuba.