Deputada do PSD questiona CE sobre condições do Aeroporto da Madeira

Cláudia Monteiro de Aguiar, eurodeputada do PSD, questionou no passado dia 24 a Comissão Europeia (CE) sobre a falta de financiamento ou de possíveis soluções para situações idênticas àquela que se vive no Aeroporto Internacional da Madeira – Cristiano Ronaldo.

Em nota de imprensa, nota que “há vários meses que centenas de voos e de passageiros de e para o Aeroporto Internacional da Madeira são afetados com frequentes cancelamentos e desvios para outros aeroportos devido aos ventos fortes provocados pelas alterações climáticas, que originam turbulência e impedimentos de aterragem e descolagem, face aos limites obrigatórios existentes”. “Esta situação tem causado constrangimentos para milhares de turistas que visitam a ilha”, prossegue, “tem impedido deslocações de residentes bem como prejudicado a economia e o comércio da região”.

A deputada do PSD, membro da Comissão de Transportes no Parlamento Europeu, questionou a CE: “Que financiamento pode recorrer um Estado Membro para dotar as infraestruturas aeroportuárias das RUP com meios técnicos e tecnologia mais avançada para responder ao problema mencionado, em caso de não existência que solução apresentará para o pós-2020?; que tecnologias e equipamentos existem nos aeroportos de e fora da União?; prevê alguma iniciativa tendo em conta que estes fenómenos nas RUP têm aumentando em frequência e intensidade?”.

Cláudia Monteiro de Aguiar critica o Governo da República, sublinhando que “é conhecedor desta situação há já tempo suficiente”. “Existem estudos e peritos que demonstram que é possível encontrar solução a curto prazo. Enquanto Governo de Portugal, tem a obrigação de zelar pelos interesses das suas Regiões Autónomas e Ultraperiféricas. Nesta como em outras situações está a colocar interesses político-partidários acima dos interesses da população. É lamentável e é de um desrespeito tremendo, de uma desresponsabilização gravosa”, salienta.

Para a deputada do PSD, “ainda que seja dada uma resposta de não existência de financiamento direto, quando há vontade, a força política para resolução de problemas junto das mais altas instâncias europeias torna possível o fazer acontecer”. E vai mais longe: “Estamos também falar da gestão do espaço aéreo europeu e nesse âmbito será essencial propor, desde logo, uma solução no próximo quadro financeiro, pós 2020 que permita preencher lacunas existentes e verificadas”.

Enquanto aguarda a resposta, Cláudia Monteiro de Aguiar diz estar já em contactos para reunir com entidades da União Europeia para encontrar respostas para apoiar os aeroportos das Regiões Ultraperiféricas e que medidas poderá providenciar junto das instituições europeias.

*Foto de Lusa