DHS Hospitality Solutions aposta na personalização e excelência do serviço de housekeeping

Criada em 2024, a DHS – Hospitality Solutions é uma empresa portuguesa especializada em outsourcing de housekeeping, que atua nas áreas de limpeza de quartos e zonas comuns, com presença de norte a sul do país. A empresa tem vindo a afirmar-se pelo rigor, pela proximidade com os clientes e pela aposta na personalização dos serviços. Em entrevista à Ambitur, Alina Pereira, Operations Manager da DHS, revela a estratégia, a estrutura e a visão que sustentam o rápido crescimento da marca no setor da hotelaria.

Como nasceu a DHS – Hospitality Solutions e qual foi a motivação para a criação da empresa em 2024?

A DHS foi fundada em fevereiro de 2024, iniciando atividade com apenas quatro unidades hoteleiras. Atualmente, já contamos com 21 unidades e um crescimento que consideramos bastante rápido. Esse desenvolvimento deve-se essencialmente ao facto de toda a equipa ter experiência direta na hotelaria, o que nos permite falar a mesma linguagem e partilhar conhecimento desde o primeiro contacto com o cliente. Esta experiência é determinante para a formação, acompanhamento e realização de auditorias, assegurando que entregamos quartos de acordo com os standards definidos por cada unidade hoteleira.

Quais são os serviços que disponibilizam?

Prestamos serviços de outsourcing de housekeeping em unidades hoteleiras, abrangendo a limpeza de quartos, áreas comuns, áreas de clientes e zonas de staff. Além disso, realizamos limpezas pós-obra, adaptando sempre a operação às necessidades específicas de cada cliente.

Como está estruturada a empresa?

A nossa estrutura é composta pelo Chief Operating Offcier, Fábio Domingos, seguido de mim, enquanto Diretora de Operações. Contamos ainda com a Diana Santos, minha assistente e braço direito, que acompanha as operações em todo o país, assegurando a ligação direta e contínua com os clientes.

Dispomos de um Area Manager em cada região: Ana Teixeira no Norte, Ana Costa no Centro e João Pereira no Sul. Paralelamente, temos uma equipa dedicada às auditorias e à formação de colaboradores, bem como uma responsável pelos recursos humanos. Esta estrutura garante uma gestão de proximidade e um controlo rigoroso da qualidade do serviço.

Está em perspetiva uma expansão para as ilhas dos Açores e da Madeira?

Sim, acreditamos que temos todas as condições para avançar para as ilhas, algo que poderá concretizar-se já em 2026.

De que forma a cultura da empresa e as pessoas que a integram diferenciam a DHS no setor da hotelaria?

A principal diferença está no profundo conhecimento do setor e na forma como acompanhamos os clientes. Apesar de sermos um prestador de serviços, valorizamos o contacto direto e a verificação constante da operação, identificando pontos fortes, aspetos a melhorar e oportunidades de inovação. Já trabalhamos com uma aplicação digital que substitui o papel, permitindo um controlo mais eficiente e transparente tanto para nós como para o cliente. Essa proximidade e modernização do serviço são marcas distintivas da DHS.

Como é feita a integração dos colaboradores nas unidades?

Quando iniciamos operação numa nova unidade, definimos previamente toda a estrutura e realizamos dois dias de formação intensiva para que os colaboradores conheçam os espaços e os procedimentos. O cliente fornece-nos os seus SOPs (Standard Operating Procedures) e a formação é ajustada em conformidade. Sempre que possível, procuramos manter as equipas fidelizadas às mesmas unidades, embora a ocupação flutuante nos hotéis nos obrigue, por vezes, a redistribuir recursos. Esta flexibilidade garante a continuidade do serviço e a satisfação do cliente.

Que iniciativas têm ao nível da formação, motivação e retenção de colaboradores?

As nossas formações são ministradas por profissionais com experiência na hotelaria, começando por uma componente teórica — que aborda aspetos administrativos, horários e contactos de apoio — e passando depois à formação prática, em contexto real, onde são transmitidos métodos e técnicas de trabalho mais eficientes.

Promovemos também dinâmicas de equipa, como o exercício dos “patinhos escondidos”, em que se premeiam a atenção ao detalhe e o rigor na execução das tarefas. Pequenas iniciativas como estas ajudam a valorizar o trabalho diário, que é exigente, e têm sido muito bem recebidas pelos colaboradores.

Como é feito o primeiro contacto do colaborador com a DHS?

No início, apresentamos brevemente a empresa, a sua missão, valores, presença no país e os objetivos futuros. Pretendemos que cada colaborador compreenda desde logo a cultura da DHS e se identifique com ela.

Existe alguma região do país que se destaque pela performance do serviço?

Não há, neste momento, uma região que se destaque de forma particular. Naturalmente, existe uma forte sazonalidade no Algarve, com uma redução acentuada da ocupação entre novembro e fevereiro. Já os hotéis de cidade, especialmente no norte, mantêm níveis mais estáveis. A performance depende muito do perfil da unidade — se é urbana, de negócios, de praia ou voltada para eventos e congressos — e ajustamos a operação a essas realidades.

Quais são as principais tipologias de alojamento entre os vossos clientes?

Trabalhamos sobretudo com hotéis de quarto e aparthotéis, particularmente no Algarve. Temos também um projeto inovador no norte do país que combina alojamento estudantil, hotel e espaço de co-working — um conceito diferenciador dentro da hotelaria tradicional.

Podemos dizer que o vosso serviço se distingue pela personalização?

Sem dúvida. Personalizamos cada serviço e adaptamo-lo às necessidades e aos padrões específicos de cada cliente.

Como garantem os padrões de qualidade e eficiência?

Realizamos auditorias mensais para identificar não conformidades e implementar melhorias. Caso o serviço prestado não corresponda integralmente aos standards definidos, os nossos auditores e o formador de qualidade (Quality Trainer) intervêm de imediato, reforçando a formação e assegurando a manutenção dos níveis de excelência.

Os contratos com os hotéis são maioritariamente de curto ou longo prazo?

Adaptamo-nos às necessidades de cada cliente e às exigências do mercado. Temos contratos anuais, bianuais e também de natureza sazonal, consoante a operação da unidade.

A sazonalidade, especialmente no Algarve, influencia o recrutamento e a gestão das equipas?

Não enfrentamos grandes dificuldades de recrutamento. Valorizamos muito o respeito pelos colaboradores e essa postura tem sido reconhecida — sempre que necessitamos de reforçar as equipas, conseguimos facilmente contar com pessoas que já trabalharam connosco e desejam regressar.

Os colaboradores mantêm-se sempre nas mesmas zonas de trabalho?

Sim, procuramos manter os colaboradores nas suas zonas de conforto. No Algarve, por exemplo, temos várias unidades abertas durante todo o ano, o que nos permite distribuir o trabalho e garantir a estabilidade das equipas.

Como descreve este primeiro ano de atividade da DHS?

Foi um ano de consolidação e crescimento comercial. O foco inicial esteve em dar a conhecer a marca e os nossos valores. Sendo um setor de pessoas para pessoas, a confiança que já existia nas equipas foi fundamental para o arranque do projeto. O “passa-palavra” tem sido a nossa melhor forma de crescimento, refletindo a satisfação dos clientes.

Em termos de competitividade, conseguem rivalizar com o mercado?

Sim. O nosso posicionamento permite-nos oferecer serviços competitivos e diferenciados. Atualmente, não existem muitas empresas com o mesmo nível de especialização da DHS.

Estão a planear novos serviços ou expansão para 2026?

Sim, temos planos de crescimento bem definidos para 2026, mas sempre de forma consistente e sustentável. A nossa equipa base também será reforçada para acompanhar a expansão do portefólio, assegurando qualidade e proximidade.

Em 2030 pretendemos atingir as 50 unidades hoteleiras a nível nacional e conquistar a liderança no mercado dos serviços de outsourcing em housekeeping.

Quais são, na sua opinião, os principais desafios do outsourcing hoteleiro em Portugal?

A hotelaria está em constante evolução e há cada vez mais exigência naquilo que designamos de “hotelaria pura”. O desafio passa por inovar continuamente dentro das unidades, oferecendo ao cliente experiências diferenciadas. No housekeeping, em particular, a inovação é essencial — seja através da introdução de tecnologia, como robots e aplicações, ou da integração de práticas sustentáveis. É importante olhar para o futuro e para as novas gerações, criando dinâmicas que mantenham o setor atualizado e atrativo.

A inovação e a sustentabilidade são também exigências dos vossos clientes?

Sem dúvida. Procuramos incorporar as mais recentes soluções tecnológicas que simplifiquem o trabalho e contribuam para uma operação mais sustentável. É fundamental adotar estratégias que conciliem eficiência e responsabilidade ambiental, acompanhando a rápida evolução tecnológica do setor.

Qual considera ser a principal tendência que impactará o housekeeping nos próximos anos?

A sustentabilidade será, sem dúvida, um dos grandes pilares do futuro. É essencial ter consciência dos consumos, compreender onde é possível poupar e eliminar desperdícios, tanto em materiais como em processos. Esta mentalidade será determinante na forma como a hotelaria evoluirá.

Que mensagem gostaria de deixar aos hoteleiros que ainda não conhecem a DHS?

A DHS pauta-se pela parceria, transparência e compromisso. O nosso objetivo é entregar exatamente o que o cliente procura: quartos impecavelmente limpos e equipas integradas, motivadas e alinhadas com os padrões e a cultura de cada unidade hoteleira.

Por Diana Fonseca e Inês Gromicho, publicado na edição 355 da Ambitur.