Dormidas de não residentes mantêm tendência negativa

O Instituto Nacional de Estatísitca revela, através de um estudo, que as dormidas de não residentes registam uma tendência negativa.

Os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 2,5 milhões de hóspedes e 7,7 milhões de dormidas em agosto de 2018, correspondendo a variações de +0,4% e -1,9% (-2,2% e -2,5% em julho, respetivamente). As dormidas de residentes cresceram 4,4% enquanto as de não residentes diminuíram 4,9% (+2,2% e -4,5% em julho, respetivamente). Com este últimos resultados, as dormidas de residentes e de não residentes no período de janeiro a agosto de 2018, registaram respetivamente variações de +3,7% e -2,2% relativamente a idêntico período de 2017.

A estada média (3,13 noites) reduziu-se 2,2% (+0,3% no caso dos residentes e -3,0% nos não residentes). A taxa-líquida de ocupação-cama (73,8%) recuou 2,0 p.p. Os proveitos totais desaceleraram para um crescimento de 3,5% (-1,9 p.p. face ao aumento de julho), atingindo 522,5 milhões de euros. Os proveitos de aposento também cresceram 3,5% (-2,7 p.p. comparativamente com a subida em julho), ascendendo a 408,4 milhões de euros.

Dormidas mantêm redução

Em agosto de 2018, a hotelaria registou 2,5 milhões de hóspedes, que proporcionaram 7,7 milhões de dormidas, refletindo-se em variações de +0,4% e -1,9% (-2,2% e -2,5% em julho, respetivamente).

Nos primeiros oito meses do ano, os hóspedes aumentaram 1,4% enquanto as dormidas recuaram 0,5%.

As dormidas em hotéis (66,0% do total) diminuíram 1,0%. Nas restantes tipologias destacaram-se os crescimentos registados nos apartamentos turísticos e nas pousadas (+1,8% e +1,5%, respetivamente).

Mercado interno com aceleração

Em agosto, o mercado interno contribuiu com 2,7 milhões de dormidas, acelerando para um crescimento de 4,4% (+2,2% em julho).

Os mercados externos registaram uma diminuição de 4,9% em agosto (-4,5% em julho) e corresponderam a 5,0 milhões de dormidas.

Nos primeiros oito meses do ano, as dormidas de residentes aumentaram 3,7% enquanto as dos não residentes apresentaram um decréscimo de 2,2%.

Principais mercados europeus mantêm diminuição

Os quinze principais mercados emissores representaram 88,4% das dormidas de não residentes.

O mercado britânico (20,2% do total das dormidas de não residentes) recuou 12,3% em agosto. Nos primeiros oito meses do ano, este mercado apresentou uma diminuição de 9,4%. As dormidas de hóspedes espanhóis (16,8% do total) decresceram 1,1% em agosto. Considerando o período desde o início do ano, este mercado recuou 1,0%.

O mercado francês (11,5% do total) registou uma redução de 8,1% em agosto. Desde o início do ano, este mercado recuou 2,1%.

No mercado alemão (9,5% do total) verificou-se uma redução de 8,9% em agosto. Nos primeiros oito meses do ano, este mercado apresentou um decréscimo de 3,9%.

Em agosto salientaram-se os crescimentos nos mercados norte-americano (+27,9%), canadiano (+20,9%) e brasileiro (+15,6%). Nos primeiros oito meses do ano, o realce vai para os mesmos mercados (+23,1%, +19,6% e +12,1%, pela mesma ordem).

Dormidas com evoluções díspares entre regiões

Em agosto, o Norte e a RA Açores foram as únicas regiões que registaram acréscimos nas dormidas (+2,5% e +0,1%, respetivamente).

Os maiores decréscimos nas dormidas registaram-se na RA Madeira (-5,0%) e Centro (-4,1%).

Nos primeiros oito meses do ano, destacaram-se os crescimentos de 4,8% no Norte (região com um peso de 13,2% nas dormidas totais acumuladas) e 3,1% no Alentejo (quota de 3,2% no mesmo período).

Em agosto, as dormidas de residentes aumentaram na maioria das regiões, com destaque para o Algarve (+9,1%) e Centro (+4,7%). No período de janeiro a agosto, no que respeita a residentes, o realce vai para os crescimentos registados no Algarve (+7,6%), Centro (+5,2%) e RA Açores (+4,7%).

Nas dormidas de não residentes, em agosto, registaram-se crescimentos apenas no Norte (+2,7%) e Alentejo (+0,5%).

Os decréscimos mais acentuados ocorreram no Centro (-13,6%), Algarve (-7,2%) e RA Madeira (-5,6%). Desde o início do ano, realça-se o crescimento no Alentejo (+10,1%) e no Norte (+6,3%) e, em sentido contrário, o decréscimo no Centro (-10,5%).

Redução da estada média de não residentes

A estada média (3,13 noites) reduziu-se 2,2%, em consequência da redução da estada média de não residentes (-3,0%), dado que a estada média dos residentes registou um ligeiro aumento (+0,3%). A RA Madeira e AM Lisboa foram as únicas a registar aumentos nas estadas médias, ainda que ligeiros (+0,9% e +0,5%, respetivamente). As maiores reduções ocorreram no Centro (-5,4%) e no Algarve (-3,8%).

Taxa de ocupação reduziu-se

A taxa líquida de ocupação-cama (73,8%) reduziu-se 2,0 p.p. (-2,3 p.p. em julho). Apenas no Norte se registou um aumento deste indicador (+0,6 p.p.), sendo que as maiores reduções ocorreram no Centro (-3,8 p.p.) e RA Madeira (-3,0 p.p.). As taxas de ocupação mais elevadas verificaram-se no Algarve (81,1%) e RA Madeira (80,1%).

Proveitos mantêm tendência de abrandamento

Os proveitos totais atingiram 522,5 milhões de euros e os de aposento 408,4 milhões de euros, abrandando para crescimentos de 3,5% em ambos os casos (+5,4% e +6,2% em julho, respetivamente).

Entre as várias regiões, destacaram-se os aumentos de proveitos na RA Açores (+7,2% nos proveitos totais e +10,2% nos de aposento) e no Norte (+8,6% e +8,4%, respetivamente).

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi 90,2 euros em agosto, o que se traduziu num aumento de 2,7% (+5,2% em julho). O Algarve registou o RevPAR mais elevado (129,3 euros). Neste indicador são de destacar os crescimentos na RA Açores (+7,7%) e Norte (+6,3%).

A evolução do RevPAR foi maioritariamente positiva entre as diversas tipologias em agosto. Os maiores aumentos verificaram-se nas pousadas (+5,2%) e nos hotéis (+2,4%). As pousadas e os hotéis-apartamentos registaram os valores mais elevados neste indicador (123,4 euros e 105,9 euros, respetivamente).