Dormidas de residentes na hotelaria nacional aceleram em novembro

Os estabelecimentos hoteleiros receberam, em novembro, cerca de um milhão de hóspedes e 2,5 milhões de dormidas, o que representa um aumento de 7,2% e 8,4%, respetivamente face ao mesmo período de 2014 (+10,0% e +6,9% em outubro).

De acordo com os dados do INE, hoje revelados, o mercado interno proporcionou 788,1 mil dormidas (+10,8%), o maior crescimento desde março de 2015 (+14,3%), evidenciando aceleração face aos meses anteriores (dos quais, +2,3% em outubro). Salientam-se os aumentos verificados na Região Autónoma dos Açores (+58,3%) e na Região Autónoma da Madeira (+19,1%). Já os mercados externos desaceleraram. As dormidas de não residentes fixaram-se em 1,7 milhões (+7,4%), resultado em linha com o dos meses anteriores (+8,3% em outubro e +6,9% em setembro). No período de janeiro a novembro de 2015 as dormidas de residentes aumentaram 5,1% e as de não residentes 7,1%.

Os doze principais mercados emissores (incluindo a Suécia e Suíça, respetivamente 11º e 12º países em termos de dormidas em 2014) representaram 79,9% das dormidas de não residentes, pouco oscilando face ao período homólogo (79,4%). O Reino Unido (+17,7% de dormidas) acelerou face aos meses anteriores (+12,4% em outubro), apresentando mesmo o melhor resultado desde a Páscoa do ano anterior. Espanha (9,1% das dormidas de não residentes) evidenciou um crescimento de 11,5%, expressivamente superior ao do período acumulado de janeiro a novembro (+1,5%). O mercado francês registou um decréscimo (-3,1%), contrariando a tendência de evolução positiva observada ao longo do ano (+11,5% de janeiro a novembro), observando-se uma redução na quota deste mercado (7,5% do total, face a 8,3% em novembro de 2014). De assinalar os incrementos da Irlanda (+29,4%), Bélgica (+28,9%) e Estados Unidos (+21,4%). A Suécia e a Suíça apresentaram, respetivamente, crescimentos de 6,6% e 6,1% nas dormidas dos hóspedes com estas proveniências. O Brasil apresentou uma evolução fortemente negativa (-19,0%), mais acentuada que as dos três meses anteriores (-9,8% em outubro).

As dormidas aumentaram em todas as regiões, principalmente na R. A. Açores (+25,0%) e no Alentejo (+16,0%). Lisboa registou o menor acréscimo (+3,4%), mas foi o principal destino (31,0% do total de dormidas). O Algarve foi a segunda principal escolha (21,5% das dormidas), seguido pela R. A. Madeira (17,7%) e Norte (14,6%).

Em novembro, a estada média (2,52 noites) aumentou 1,1% e a taxa de ocupação aumentou 1,7 p.p. Foi na R.A. Madeira e Lisboa que se verificaram as taxas de ocupação mais elevadas (55,0% e 41,6%, respetivamente). É de assinalar também o aumento da taxa de ocupação na R. A. Açores (+5,0 p.p.). Os proveitos totais atingiram 125,2 milhões de euros e os de aposento 83,9 milhões de euros (+11,9% e +13,1%), desacelerando face aos dois meses anteriores (+14,4% e +14,9% em outubro).

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi 22,7 euros (+12,2%). Tal como no mês anterior, Lisboa (39,3 €) e a R.A. Madeira (33,2 €) registaram os mais elevados valores de RevPAR. O RevPAR aumentou em todas as regiões, principalmente na R. A Açores (+34,9%) e na R. A. Madeira (+21,3%).

No acumulado, de janeiro a novembro, a estada média em Portugal foi 2,84 noites (-1,9%) e a taxa de ocupação foi 47,6% (+2,1 p.p.). Nos onze primeiros meses do ano os proveitos totais aumentaram 13,1% e os de aposento 14,6%.