Dormidas e proveitos na hotelaria abrandam em abril

A hotelaria registou 1,6 milhões de hóspedes e 4,1 milhões de dormidas em abril de 2016, equivalendo a acréscimos homólogos de 7,7% e 6,2%. No entanto, são resultados que ficam bastante aquém dos de março (+19,4% e +21,1%), explicados, em parte, pelo facto da Páscoa em 2015 ter ocorrido em abril.

De acordo com os dados do INE, revelados esta manhã, tanto o mercado interno como os externos registaram crescimentos mais moderados (+6,8% e +5,9%) relativamente aos de março (+18,1% e +22,4%). O mercado interno representou 26,3% das dormidas totais (26,1% em abril de 2015). Já os mercados externos proporcionaram 3,0 milhões de dormidas (+5,9%), resultado bastante inferior ao de março (+22,4%) e dos meses anteriores, sob efeito base de calendário da Páscoa (em abril de 2015 e março de 2016). Efetivamente, e segundo o INE, este efeito de calendário foi particularmente notável no caso do mercado espanhol que apresentou uma redução de perto de 25% após o considerável crescimento de 82,9% no mês anterior. As dormidas de hóspedes residentes no Reino Unido apresentaram um aumento de 16,6% e a Françadestacou-se com um aumento de 19,9% nas dormidas, taxa claramente superior à dos quatro primeiros meses do ano (+13,6%). Já o mercado alemão registou um crescimento de apenas 1,6%.
Açores e Norte mantêm crescimento expressivo A R. A. Açores e o Norte apresentaram aumentos significativos das dormidas totais (+17,6% e +11,3%), à semelhança dos meses anteriores. O Algarve e a R. A. Madeira apresentaram variações de +8,8% e +8,1%, respetivamente. Na Área Metropolitana de Lisboa houve um ligeiro decréscimo das dormidas (-0,8%), em contraste com os últimos meses. Ainda assim, esta região foi o segundo maior destino (25,9% das dormidas totais), apenas superado pelo Algarve (31,9%).
No mês de abril, a estada média reduziu 1,4%, fixando-se nas 2,63 noites e a taxa líquida de ocupação-cama aumentou ligeiramente (+1,7 p.p), fixando-se nos 44,9%. A R. A. Madeira registou a maior taxa de ocupação (70,9%), secundada por Lisboa (56,7%). Já as regiões com maior crescimento foram os Açores (+6,0 p.p.) e o Norte (+3,2 p.p.). O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) atingiu os 35,4 euros, correspondendo a um aumento de 9,5%. À semelhança do mês anterior, os valores mais elevados deste indicador ocorreram em Lisboa (58,8 €) e R. A. Madeira (51,0 €). As Regiões Autónomas apresentaram os maiores aumentos (+23,1% nos Açores e +15,5% na Madeira).

Os proveitos totais fixaram-se em 205,6 milhões de euros e os de aposento em 145,3 milhões de euros (+11,8% e +11,9%). Estes acréscimos situaram-se igualmente em nível inferior aos de março (+23,3% e +26,8%) mas acima dos de hóspedes e dormidas em abril. Os proveitos aumentaram em todas as regiões, com maior impacto na R. A. Açores (+24,4% nos proveitos totais e +24,2% nos de aposento) e no Norte (+16,5% e +18,0%).

No acumulado, de janeiro a abril, os hóspedes aumentaram 12,6% e as dormidas 12,8%, tendo as dormidas de residentes aumentado 11,4% e as de não residentes 13,4%. Nos quatro primeiros meses do ano, a estadia média teve um crescimento de 0,2%, a taxa de ocupação atingiu os 36,6%, o que corresponde a um acréscimo de 3,1 p.p e os proveitos totais e de aposento tiveram variações de +17,1% e +18,3%, respetivamente.