easyJet apresenta novo A320neo que consome menos 15% de combustível

Menos 15% de combustível é o que a nova aeronave da easyJet irá consumir. A apresentação do novo modelo A320neo decorreu esta quinta-feira, no Aeroporto de Lisboa, onde a companhia realizou também o balanço da sua operação em Portugal.

Para além de uma maior eficiência no que toca ao consumo de combustível, o novo modelo emite ainda menos 15% de emissões de CO2. Outra das vantagens do novo A320neo diz respeito à redução de 50% do ruído, no período de aterragem e descolagem.

Esta é uma das quatro aeronaves já em operação, sendo que nos próximos meses, a companhia prevê receber outros quatro aviões. José Lopes, diretor da companhia em Portugal, realçou aos jornalistas, que através desta estratégia de sustentabilidade, a companhia low-cost irá reduzir as emissões de carbono, que desde 2000 já diminuíram mais de 38%. Em 2018, a easyJet passa a consumir 78,62 gramas por passageiro-quilómetro, menos 10% do que no ano anterior.

A nova aeronave faz parte de um encomenda feita à Airbus, de 130 aviões – 100 A320neo e 30 A321neo – que irão juntar-se à frota ao longo dos próximos cinco anos. Neste processo de atualização, a companhia irá também instalar um cockpit digital nas aeronaves, novos geradores vortex, que reduzem o impacto sonoro, e rebocadores eléctricos. Este programa de engenharia, para cerca de 200 aviões da companhia, estará finalizado na primavera de 2018.

O futuro dos aviões elétricos
Nos próximos anos, a companhia aérea quer continuar a apostar numa estratégia de sustentabilidade. José Lopes defende que “daqui a 20 anos” será possível viajar em aeronaves totalmente elétricas, designadamente nos voos de curta duração.

Neste âmbito, a easyJet irá disponibilizar uma linha aérea operacional para a Wright Electric, a qual está a desenvolver um avião comercial que funcionará através de baterias elétricas. Além disso, a transportadora quer aplicar um novo sistema de hidrogénio para o momento de descolagem.

Companhia cresce 3% em seis meses, por falta da capacidade de aeroportos nacionais
Entre outubro e março, a easyJet vais crescer em Portugal apenas 3%, devido à falta de capacidade dos principais aeroportos nacionais, enquanto na anterior operação de inverno a subida foi superior a 20%.

Em declarações aos jornalistas, José Lopes reafirmou a “urgência na implementação de medidas” que possam colmatar a atual situação, que que já levou ao desvio de movimentos na operação de verão para o Porto. No entanto, refere, a capacidade do aeroporto portuense está também a esgotar-se.

Em 2017, a companhia somou seis milhões de passageiros em Portugal, metade dos quais em Lisboa e no Porto, e um crescimento de 14%. Mundialmente, a easyJet pretende alcançar este ano a marca dos 90 milhões de passageiros transportados, face aos atuais 80 milhões.

*Leia o texto mais desenvolvido na próxima edição da Ambitur.