eDreams ODIGEO assegura o futuro: Recuperação rápida das transações durante o verão

eDreams ODIGEO, a maior companhia de viagens online da Europa e uma das maiores empresas europeias de e-commerce, anunciou hoje os seus resultados para o trimestre findo a 30 de setembro de 2020.

Situação Comercial atual

Acentuada e rápida inversão de tendência verificada durante o período do verão. O eventual levantamento das restrições ou a introdução de uma vacina irão, provavelmente, despoletar de novo uma forte recuperação.

– O balanço patrimonial e a liquidez mantêm-se fortes;

– A atividade continua a desenvolver-se e irá emergir ainda mais forte quando as restrições forem levantadas;

– A segunda vaga fez com que a procura abrandasse em outubro/novembro para entre -67% e -73%, mas estabilizou;

– Destaca-se o foco no cliente, sendo que 92% dos voos cancelados foram resolvidos ou processados;

– A nossa atividade global aponta para um desempenho superior ao do setor da aviação, com conquista de quota de mercado face aos concorrentes diretos devido a uma melhor qualidade, conteúdo mais abrangente e flexibilidade;

– O Prime prova ser uma proposta de sucesso para os clientes, mesmo no mercado atual. Encontra-se em posição de atingir os dois milhões de subscritores até 2023;

– Os anúncios da Pfizer e da Moderna permitem prever um regresso mais rápido às viagens, já em 2021. A introdução de uma vacina irá provavelmente resultar novamente numa forte recuperação, conforme indicam os últimos estudos e análises da IATA Economics, à data de 29 de setembro:

  • Mais de 80% dos passageiros vão regressar ao transporte aéreo até daqui a 6 meses;
  • A Rússia recuperou os níveis pré-crise devido às notícias sobre a vacina;
  • A China está apenas 20% abaixo do período pré-COVID-19, devido à forte procura interna.

Destaques dos Resultados no 2.º trimestre

Posição de liquidez de 115 e 117 milhões de euros no final de setembro e outubro, respetivamente, superior a março e junho, excluindo a aceleração dos reembolsos.

  • Principais motivos: elevada variabilidade e boa gestão dos custos fixos, compensada pela aceleração dos reembolsos aos nossos clientes e pela diminuição nas Reservas devido a maiores restrições às viagem, que geraram saídas de Capital Circulante (CC);
  • Redução da média mensal de burn rate (excl. CC e impostos) de 13 milhões para 6 milhões de euros;
  • Forte reserva de liquidez: O Teste de Stress Sem Medidas Tomadas indica que podemos manter a atividade com redução de 70% até ao final do ano civil de 2021.

– 34.4 milhões de euros de Margem de Receita (menos 75% em relação ao segundo trimestre do ano fiscal 2020), mas 2,1x o valor do primeiro trimestre do ano fiscal 2021;

– O lucro marginal (Margem de Receita menos Custos Variáveis) fixou-se em 11.5 milhões de euros positivo, 10x o montante do primeiro trimestre, aumentando a variabilidade e a flexibilidade da nossa estrutura de custos;

– As Receitas de Diversificação atingiram 56%, +8pp em termos homólogos, demonstrando a solidez da nossa estratégia empresarial;

– O rácio de diversificação de produtos aumentou para 87%, crescendo +7pp em termos homólogos;

– As reservas móveis aumentaram para 57% das reservas totais de voos, contra 45% no mesmo período do ano passado;

– O número de subscritores do Prime aumentou para 664.000, mais 71% em relação ao segundo trimestre do ano fiscal 2020;

– O EBITDA ajustado totalizou (2.1) milhões de euros, 86% acima do primeiro trimestre do ano fiscal 2021;

– O Lucro Líquido Ajustado situou-se nos (19.3) milhões de euros (segundo trimestre do ano fiscal 2020 11.1€ milhões);

– Devido à incerteza causada pelo Covid-19, não é fornecida orientação para o ano em curso.

Dana Dunne, chief executive Officer, comentou: “Durante este período continuámos, com sucesso, a desenvolver e fortalecer o nosso negócio, para garantir que emergimos vencedores da crise de Covid-19. Assistimos a um rápido aumento da atividade quando as restrições foram levantadas no verão, continuamos a fazer crescer o Prime, o nosso produto exclusivo de subscrição, e gerimos as nossas finanças de forma rígida para garantir que mantínhamos níveis de liquidez substanciais. Estamos entusiasmados com as notícias relativas à vacina, que permitirão aos mercados reabrir e trazer um regresso a condições mais normais num futuro não muito distante.”

Panorâmica Geral Das Atividades

Durante o segundo trimestre assistiu-se a uma evolução contínua, com julho e agosto a apresentarem ambos melhorias face ao primeiro trimestre, e setembro a relevar um abrandamento da procura relativamente a esses dois meses. Como resultado da pandemia e dos cancelamentos por parte das companhias aéreas, a Margem de Receita do segundo trimestre do ano fiscal 2021 baixou 75% em termos homólogos, devido à quebra nas Reservas de 62% e a uma redução na Margem de Receita/Reservas resultante de um menor valor por reserva devido ao COVID-19. Isto originou uma diminuição das receitas clássicas provenientes dos clientes e também das receitas provenientes de prestadores. Temo-nos concentrado naquilo que podemos controlar, que é desenvolver e melhorar continuamente um modelo de negócios adaptável e da mais alta qualidade. TaI fica demonstrado através da redução dos custos variáveis em linha ou acima das quebras das Reservas e da Margem de Receita. O nosso Lucro Marginal no segundo trimestre do ano fiscal 2021 (Margem de Receita menos Custos Variáveis) fixou-se em 11.5 milhões de euros positivos, 10x o montante do primeiro trimestre, aumentando a variabilidade e a flexibilidade da nossa estrutura de custos à medida que nos adaptamos ao novo “mix” de Reservas realizadas pelos clientes durante o COVID-19, resultando num aumento do Lucro Marginal por Reserva de 2,5 vezes entre o 1.ºT e o 2.ºT AF21.

O EBITDA ajustado totalizou uma perda de 2.1 milhões de euros no segundo trimestre do ano fiscal 2021, melhor em 86% do que no primeiro trimestre do ano fiscal de 2021. O Lucro Líquido Ajustado apresentou perdas de 19.3 milhões de euros no segundo trimestre do ano fiscal 2021, e acreditamos que este é o valor que melhor reflete o real desempenho operacional do negócio. As nossas iniciativas de diversificação de receitas continuam a gerar receitas de diversificação mais resilientes do que as Receitas Clássicas de Clientes, que baixaram 70% em termos homólogos no segundo trimestre do ano fiscal 2021. Como consequência da nossa mudança de modelo de receitas, o Rácio de Diversificação de Produtos e o Rácio de Diversificação de Receitas aumentaram para 87% e 56% no segundo trimestre, em comparação com 80% e 48% no segundo trimestre do exercício anterior, crescendo, respetivamente e em apenas um ano, 7 e 8 pontos percentuais.

O Prime apresenta um forte desempenho num mercado pouco favorável. A taxa de subscrições Prime e a sua quota nas Reservas totais continuam a crescer. O número de membros assinantes aumentou para 664.000, mais 275.000 do que no segundo trimestre do ano fiscal 2020, e a participação do segmento Prime atingiu 26% das Reservas. Operamos agora o Prime em voos e hotéis em quatro dos nossos maiores mercados, Espanha, Itália, Alemanha e França, e lançámos recentemente os voos no Reino Unido. Adicionalmente, as reservas móveis continuam a crescer e representam 57% do total das nossas reservas de voos no segundo trimestre do ano fiscal 2021, aumentando 12 pontos percentuais em relação ao segundo trimestre do ano passado.

No segundo trimestre do ano fiscal 2021, apesar das crescentes restrições às viagens e da aceleração dos reembolsos aos clientes em 40 milhões de euros face aos influxos recebidos de companhias aéreas, parcialmente mitigadas por maiores volumes em setembro vs junho, resultaram em saídas de capital circulante de 1.8 milhões de euros. O Grupo continua a apresentar um balanço forte, com uma posição de liquidez de 115 milhões de euros no final de setembro, já incluindo a aceleração de reembolsos aos clientes de 40 milhões de euros face aos fluxos recebidos de companhias aéreas, 106 milhões de euros não utilizados da nossa linha de crédito sindicalizado renovável (“SSRCF”) e 15 milhões de euros do novo empréstimo patrocinado pelo Estado para financiar a redução de capital circulante negativo, colocando-nos numa posição sólida assim que se verifique a retoma da atividade normal. Em resultado disso, devido ao impacto do Covid-19, as taxas de alavancagem sofreram o impacto do aumento do rácio de alavancagem líquida de 2,7x em setembro de 2019 para 12,1x em 2020 e do rácio de alavancagem bruta de 3,6x para 13,7x no mesmo período.

A 21 de abril, anunciámos o êxito das negociações com os nossos credores que resultaram numa moratória da cláusula única do rácio de alavancagem bruta da nossa linha de crédito sindicalizada (SSRCF) para o ano fiscal de 2021, assegurando uma maior flexibilidade financeira ao grupo.

Além disso, em julho, reduzimos a utilização da nossa SSRCF em 54.5 milhões de euros, provando mais uma vez a solidez da nossa situação financeira e destacando o perfil robusto de desalavancagem da eDreams ODIGEO, criando ao mesmo tempo uma opção para um crescimento sustentável a longo prazo através de investimentos como a alteração do nosso modelo de receitas desde novembro de 2016.

Análise da Atividade Por Área Geográfica

Trabalhamos com cinco marcas líderes, eDreams, GO Voyages, Opodo, Travellink, bem como com o motor de metapesquisa Liligo. Detemos uma forte presença em 45 mercados, cobrindo 80% do total do mercado de viagens através de 251 websites e de aplicações em 20 línguas e 36 moedas diferentes numa plataforma central.

Os 6 principais mercados (França, Espanha, Itália, Alemanha, Reino Unido e países nórdicos) atingiram 27.8 milhões de euros de margem de receitas no segundo trimestre de 2021. A diversificação de receitas por áreas geográficas permanece estável.

Em resumo 

A nossa empresa é sólida e está bem posicionada para emergir desta crise como vencedora. Dispomos de ampla liquidez. Temos uma posição de liquidez de 117 milhões de euros no fim de outubro, incluindo a aceleração dos reembolsos aos clientes, que pode vir a ser utilizada, caso seja necessário, em períodos de desaceleração da procura. A moratória no nível de Alavancagem Bruta para o ano fiscal de 2021 confere-nos ainda mais flexibilidade financeira. Não temos pagamentos de dívida financeira de curto prazo, e os nossos títulos não subordinados, o novo empréstimo e as facilidades bancárias com o apoio do Estado só vencem em 2023.

O nosso programa de subscrição Prime também continua em crescimento. Mesmo com uma conjuntura de mercado desfavorável, atraímos 100.000 novos assinantes apenas neste trimestre e 26% das nossas reservas são agora feitas através do Prime.

O nosso negócio continua sólido em termos financeiros. Conservamos lucro marginal positivo e mantivemos as nossas equipas intactas e motivadas para podermos corresponder às necessidades atuais e construir para o futuro.

A eDreams ODIGEO é ágil e flexível, o que lhe permite adaptar-se rapidamente quando necessário. Continuamos a liderar através do desenvolvimento de produtos e da inovação, como o Prime, para guiarmos a transformação do setor das viagens.