eDreams ODIGEO cumpre previsões com 381,6 milhões no final do 3º trimestre

A eDreams ODIGEO anunciou hoje os seus resultados para os primeiros nove meses do ano fiscal de 2019. As reservas atingiram os 8,2 milhões (-3% em termos homólogos), em linha com a mudança estratégica do modelo de receitas e a margem de receitas foi de 381,6 milhões de euros (+4% em termos homólogos).

Refletindo a mudança no modelo de receitas e a concentração em negócios sustentáveis de alta qualidade, as reservas caíram 3%, enquanto a margem de receitas aumentou 4%, uma vez que foram obtidas receitas superiores com menos reservas. De acordo com as orientações ao mercado, o EBITDA Ajustado recuou 11%, com esse desempenho a refletir os investimentos efetuados durante o período. Além disso, a empresa continuou igualmente a diversificar com a sua oferta em benefício dos clientes para a área móvel, que representa 39% das nossas reservas no período.

As receitas de diversificação continuam a impulsionar o crescimento como principais contribuintes para os rendimentos, com um aumento de 38% nos primeiros nove meses do ano. Este crescimento conseguiu mais do que compensar a redução intencional nas receitas clássicas de clientes, que diminuiu até atingir 38% da margem de lucro do Grupo no terceiro trimestre do exercício de 2019, quando se cifrava em 47% no período homólogo do ano fiscal de 2018.

Como consequência prevista da mudança de modelo de receitas, o rácio de diversificação de produtos e o rácio de diversificação de receitas aumentaram para 68% e 43% no ano fiscal 2019, a partir de 53% e 33%, respetivamente, no terceiro trimestre no ano fiscal 2018. Tanto os pacotes dinâmicos como os produtos acessórios aos voos continuam a apresentar um forte crescimento da margem de receitas. O investimento contínuo na atividade móvel resultou num aumento acumulado dos downloads móveis de 46% no terceiro trimestre do exercício de 2019, com o setor móvel a representar agora 39% das reservas totais de voos, superando a média do setor.

Nos primeiros nove meses de 2019, a taxa de alavancagem bruta subiu de 3,6x em dezembro de 2017 para 4,4x em dezembro de 2018. O índice de alavancagem líquida também aumentou de 3,0x em dezembro de 2017 para 3,9x em dezembro de 2018.

Segundo Dana Dunne, CEO, “fizemos grandes progressos neste trimestre em várias frentes da nossa empresa. Em consequência disso, elevámos a nossa orientação para o Ajustado EBITDA do exercício e estamos no bom caminho para alcançarmos todos os outros objetivos para o ano completo. Continuamos a implementar a nossa estratégia de reforço do nosso modelo de diversificação de receitas, que nos permitirá alcançar, a longo prazo, um crescimento sustentável gradual, para além da consolidação da nossa posição de liderança de mercado. Estamos totalmente empenhados em continuarmos a prestar o melhor serviço possível aos nossos clientes, e gostaria, entretanto, de agradecer a todos os nossos acionistas, colaboradores e outras partes interessadas o seu constante apoio“.

Áreas de Negócio
Na área de viagens aéreas, a margem de lucro cresceu 2% nos nove primeiros nove meses do ano fiscal de 2019, atingindo 301,3 milhões de euros. Este crescimento foi impulsionado por uma melhoria de 5% na margem de lucro por reserva, que se ficou a dever a uma melhor interligação entre os nossos voos e os nossos produtos acessórios.

Conforme o previsto quanto foi estabelecida a mudança de modelo de receitas, a diminuição das reservas de viagens aéreas fica especialmente a dever-se aos impactos a curto prazo dessa alteração de modelo de receitas, que inclui mudanças na afixação de preços. Trata-se de uma decisão consciente que visa melhorar a experiência do cliente, frisa em comunicado, adiantando que continua a transição do modelo de receitas para uma maior transparência dos preços, no sentido de melhorar o modelo de negócios, e de gerar maior satisfação nos clientes.

As reservas não aéreas permaneceram estáveis nos primeiros nove meses do ano fiscal de 2019. O desempenho neste domínio foi impulsionado pela implementação de iniciativas estratégicas nos hotéis, nos pacotes tradicionais de excursões e também na área das viagens ferroviárias. As atividades estratégicas, como a dos pacotes dinâmicos, estão a ter desempenho positivo (alta de 19% nos primeiros 9 meses do ano fiscal de 2019), em resultado da estratégia de diversificação, que inclui uma melhor integração dos produtos não voo.

As margens de lucro do setor não aéreo aumentaram 9% nos primeiros nove meses do ano fiscal de 2019, devido ao crescimento das reservas e a uma melhoria de 9% nas margens de lucro por reserva que foi suportada pelo êxito da implementação da nossa estratégia de diversificação de receitas.

Áreas geográficas
Nos principais mercados da eDreams, a diminuição das reservas surge como consequência do investimento na evolução do modelo de receitas e da transição para a área móvel, justifica a mesma nota.

A margem de receitas nuclear teve uma quebra de 6% para 181,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano. No entanto, esta quebra foi parcialmente compensada por um aumento da margem de lucro por reserva de 7%, gerado pela cada vez mais eficiente execução da nossa estratégia de diversificação.

As reservas dos mercados em expansão aumentaram 6%, com o crescimento a ficar-se principalmente a dever ao êxito da implementação das iniciativas estratégicas nesses mercados, bem como investimentos efetuados na diversificação tanto das atividades como das receitas.

A margem de receitas dos mercados em expansão teve um forte crescimento de 14%, para 200,5 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano fiscal de 2019. Este aumento deveu-se a uma alta de 6% nas reservas, bem como a uma progressão de 7% na margem de receitas por reserva, sustentada pelo aumento dos produtos acessórios às viagens aéreas e de outras receitas de diversificação por reserva, em linha com a nossa estratégia de diversificação nos nossos mercados em expansão.

2019: estratégia
No ano fiscal de 2019, a eDreams ODIGEO afirma que irá continuar a acelerar e a investir na mudança estratégica do modelo de receitas, o que inclui o aumento da transparência dos preços, visando o êxito a longo prazo da nossa empresa. Conforme foi destacado quando a nova estratégia foi revelada em 2016, pode-se esperar um impacto a curto prazo nos resultados financeiros; no entanto, tal mudança de modelo de receitas vai melhorar o nosso posicionamento no mercado a longo prazo e constituir um valor acrescentado da empresa, tanto para os clientes como para os acionistas.

De acordo com as orientações anteriores ao mercado, a empresa espera melhorias substanciais no segundo semestre deste exercício, quando as iniciativas estratégicas começarem a gerar os resultados financeiros pretendidos.

Como resultado direto das ações estratégicas, a eDreams espera que o quarto trimestre apresente um melhor desempenho tanto na margem de receitas como no Ajustado EBITDA, enquanto se prevê que a melhoria do desempenho das reservas demore mais tempo a concretizar-se.

A previsão inicial quanto às reservas apontava para uma diminuição de 4% face às reservas do ano fiscal de 2018, valores que foram agora atualizados para -3% a -5%. Quanto à margem de receitas, quando inicialmente a previsão falava de mais de 509 milhões de euros, a empresa atualizou este valor agora para entre 525 a 530 milhões de euros (o que corresponde a um aumento de 3% a 4% face à margem de receitas de 2018).