eDreams ODIGEO fecha ano fiscal com crescimento de 5% nas receitas

A eDreams ODIGEO anunciou hoje os seus resultados para os 12 meses finalizados a 31 de março de 2018. Verificou-se um sólido crescimento na margem de receitas, de 5% para 508,6 milhões de euros, apesar da alteração estratégica, e um crescimento do EBITDA ajustado em 10% para 118,3 milhões de euros.

Em 12 meses de reservas, registou-se um crescimento de 3% face ao ano anterior, ajustadas aos efeitos da alienação das atividades de viagens de empresas e de pacotes de viagens. A margem de receitas de produtos conexos relacionados com viagens aéreas sobe 49% em termos homólogos e a margem de receitas de pacotes dinâmicos sobe 24% em termos homólogos. O rácio de diversificação de produtos aumenta para 56% (antes 45%). Verifica-se ainda um forte crescimento nas reservas móveis, que agora representam 35% das reservas totais de voos no ano fiscal de 2018 (34% no Q4 FY2018 contra 30% no quarto trimestre fiscal de 2017.

Segundo Dana Dunne, CEO da eDreams ODIGEO, “registámos, pelo terceiro ano consecutivo, um forte desempenho financeiro e progredimos em todos os nossos KPIs. Ficou claro que a nossa estratégia, de investimento na empresa e implementação das bases para o crescimento, está a funcionar, e consolidámos a nossa posição de líderes no mercado online europeu de viagens de lazer. Enquanto líderes em produtos móveis e tecnologia, continuamos focados em corresponder às necessidades em evolução dos clientes, gerando benefícios a longo-prazo para o negócio”.

“Numa perspetiva de futuro, a nossa dimensão única e a nossa estratégia de diversificação vão-nos permitir retirar o máximo proveito de um contexto macro que perspetivas atrativas, em que cada vez mais clientes utilizam o online para encontrar as melhores e mais cómodas opções de viagens. Com a aplicação líder do sector, estamos melhor posicionados para servir o crescente segmento móvel das viagens; e com mil milhões de pesquisas online todos os meses, continuamos a ser o “balcão único” para as viagens”.

Perspetivas de atividade
A eDreams ODIGEO apresentou um sólido desempenho financeiro no ano fiscal de 2018, com um aumento de 5% na margem de receitas e de 10% no EBITDA ajustado. Como antecipado, a alteração nas reservas durante o ano foi impulsionada pelo mercado core e pelo negócio que não inclui voos, devido a um investimento acelerado na mudança do modelo de receitas, à transição para o móvel, bem como pela alienação das atividades de viagens de empresas e pacotes de viagens.

A empresa calcula o impacto da alienação das atividades de viagens de empresas e pacotes de viagens na ordem das 219.000 reservas. Excluindo esse fator, as reservas teriam aumentado 3%.

Os resultados para o ano fiscal de 2018 demonstram que a mudança do modelo de negócio está a gerar os resultados pretendidos, refere em comunicado. A estratégia de diversificação de receitas continua a ter um impacto positivo na atividade, aumentando as receitas não oriundas de bilhetes de avião, que possuem margens superiores e geram mais lucro para a empresa.

Este progresso é visível nos indicadores-chave de desempenho (KPIs). Aumentou os rácios de diversificação de produtos e de receitas, respetivamente de 45% e 30% (no T4 AF 2017) para 56% e 35% (no T4 AF 2018). De destacar, os pacotes dinâmicos e produtos conexos que apresentaram fortes taxas de crescimento da margem de receitas, aumentando respetivamente 24% e 49% no ano fiscal de 2018. O investimento contínuo na atividade móvel também resultou num crescimento de 21% das reservas móveis durante o ano, com este segmento a representar agora 35% das reservas totais de voos (34% no Q4 FY2018 vs 30% no Q4 FY2017), superando significativamente a média do setor.

Análise da atividade por áreas geográficas
As reservas e as margens de lucro nos principais mercados da eDreams (Espanha, Itália e França) desceram no ano fiscal de 2018 (-4% e -3% respetivamente). A alteração nas reservas deveu-se aos investimentos na mudança do modelo de receitas e à venda das atividades não estratégicas. Apesar disso, a margem de receitas situou-se em 263,2 milhões de euros, devido a um aumento de 1% na margem de lucro por reserva refletindo os resultados da execução operacional e o aproveitamento do fator de escala e de condições mais favoráveis obtidas num conjunto de contratos com fornecedores.

As reservas nos mercados de expansão cresceram 5%, como resultado dos investimentos realizados na diversificação de atividades e de receitas, apesar dos referidos impactos adversos. Com o ajustamento à alienação das atividades de viagens empresariais, as reservas aumentaram 10% no ano fiscal de 2018.
A margem de receitas dos mercados em expansão teve um forte crescimento de 13%, para 245,3 milhões de euros no ano fiscal de 2018. Este crescimento foi impulsionado pelo aumento das reservas e por uma melhoria de 8% na margem de lucro por reserva no exercício de 2018.

Análise de atividades por linhas de atividade
No segmento de viagens aéreas, as reservas foram impulsionadas pela mudança estratégica no modelo de receitas, que está a posicionar a empresa para um crescimento sustentável a longo-prazo. Ajustado à alienação das atividades de viagens empresariais e de pacotes de viagens, as reservas teriam tido um crescimento da ordem dos 3%. A eDReams continua a fazer investimentos no sentido de criar escala, de se tornar mais ágil, de melhorar o modelo de negócio e de gerar uma melhor experiência do cliente.

As margens de receita de viagens aéreas cresceram 6%, para 405,5 milhões de euros no ano fiscal de 2018, com base numa melhoria de 4% nas margens de receita por reserva. Esta melhoria deveu-se ao reforço do desempenho operacional, à revisão das condições obtidas junto dos fornecedores ao tirar partido do efeito de escala, e à concretização da estratégia de diversificação de receitas. O desempenho foi parcialmente ofuscado pelos investimentos a longo-prazo em valor para os clientes, e pela mudança do modelo de receitas, que inclui um aumento da transparência na fixação de preços implementada em vários países.

As reservas não aéreas cresceram 4%. Isto deveu-se à alienação das atividades de viagens empresariais e de pacotes de excursões, e a investimentos na alteração do nosso modelo de receitas e na transição para a área móvel. O desempenho das reservas foi também afetado por produtos não estratégicos, como os pacotes de viagens, bem como pela atividade de viagens ferroviárias. Os pacotes dinâmicos, um segmento estratégico para a empresa, tiveram desempenho positivo (aumento de 34% no T4 AF de 2018).

As margens de receita do setor não aéreo cresceram 1% no exercício de 2018, em virtude de um aumento de 4% na margem de receitas por reserva. Isto refletiu a forte melhoria na nossa atividade de pacotes dinâmicos, onde as margens de receita aumentaram 24% e 47% no ano fiscal de 2018 e no Q4 FY2018, respetivamente, as melhorias operacionais e de produto globais, e às revisões das condições junto dos nossos fornecedores.

Atualização da estratégia
A mudança do modelo de negócio, tanto a nível estratégico como a nível financeiro, resultou durante este ano, revela a mesma nota. “A nossa posição de líderes no mercado Europeu online de viagens de lazer confere-nos um conhecimento inestimável do cliente, que utilizámos para avançar nos setores móvel e da tecnologia, e para moldar a nossa transformação estratégica”, indica a empresa.

A eDreams refere que equilibrou este fator de escala com um elevado nível de flexibilidade. Isto permite à empresa realizar e implementar novos conceitos de forma rápida e económica. No ano fiscal de 2018, introduziu mais de 6.000 novas funcionalidades nas várias plataformas da eDreams ODIGEO.

A abordagem prioritária ao segmento móvel ajudou-a a criar a aplicação líder desta área de atividade, com um total de 35% das reservas realizadas através de dispositivos móveis no exercício de 2018 (34% no Q4 FY2018) – bem acima da média do setor, que é de 24%. “Temos o melhor posicionamento no mercado para tirarmos partido deste crescimento”, sublinha a Edreams, que estima que o desenvolvimento do segmento móvel venha a contribuir em 87% da expansão total da indústria entre 2017 e 2020, e já está a bater as previsões, com o segmento móvel destinado a tornar-se na maior fonte de tráfego no ano fiscal de 2019.

Os esforços estratégicos, nos últimos dois anos, para aumentar a transparência e proporcionar um mais amplo acesso a uma gama de produtos, estão a apresentar um sucesso visível, garante no comunicado. Ao transformar o modelo de receitas na fixação de preços, comprovou melhorias nas taxas de conversão, e os testes-piloto demonstram um aumento da fidelização na nossa base de clientes, que tem respondido bem às alterações de tarifário.

Desenvolveu a atividade para além dos voos, diversificando as fontes de receita através da expansão para funcionalidades inovadoras relacionadas com as viagens aéreas, alcançando um crescimento homólogo das margens de receita de 24% nos pacotes dinâmicos.

Este movimento surge em paralelo à expansão continuada das vendas de produtos conexos, tradicionais e inovadores, relacionados com os voos, onde obteve um aumento de 49% na margem de receita homóloga.
Ambas as alterações estratégicas geraram vantagens tangíveis para o negócio e para os clientes, permitindo construir relacionamentos mais fortes. Quanto aos clientes, estes recebem uma oferta mais abrangente e transparente, enquanto a eDreams ODIGEO reforça as suas atividades, ao cimentar a sua posição de “balcão único” para as viagens.

Perspetivas
No ano fiscal de 2019, a empresa afirma que irá continuar a investir e a tirar partido daquilo que é uma atividade atraente e altamente sustentável, devido ao investimento a longo-prazo em valor para o cliente e à mudança do modelo de receitas, que inclui uma maior transparência na fixação de preços.

No ano fiscal de 2019, continuará a executar a nossa estratégia, centrando-se em:
● Fazer evoluir o processo de fixação de preços e a comunicação do mesmo;
● Oferecer uma gama vasta e interessante de produtos e serviços inovadores, em regime de balcão único para os viajantes;
● Melhorar os rácios de diversificação de produtos e consequentemente de receitas;
● Acelerar a transição para a área móvel, que afeta a curto prazo o desempenho, mas que melhora o posicionamento estratégico e a atratividade a longo prazo.

No ano fiscal de 2019, a eDreams vai continuar a investir e a acelerar esta alteração estratégica do seu modelo de receitas. Consequentemente, estabeleceu os objetivos anuais para o exercício de 2019 em:
● Reservas: -4% a estável vs níveis de 2018;
● Margem de receitas: superior a 509 milhões de euros;
● EBITDA ajustado: 118 milhões de euros.

Refletindo os investimentos na mudança do modelo de receitas a empresa espera um crescimento marcadamente suave da margem de receitas e uma redução nas reservas e EBITDA ajustado na primeira metade do ano fiscal, e uma melhoria no segundo semestre do ano fiscal.

A estimativa para o ano fiscal de 2020 é de um EBITDA ajustado entre os 130 e 145 milhões de euros.