“Efeito Páscoa” provoca desaceleração no número de dormidas em março

Durante o mês de março, a hotelaria nacional registou 1,4 milhões de hóspedes e 3,7 milhões de dormidas, a que corresponderam variações de 0,9% e -0,2% (evoluções inferiores às observadas em fevereiro, que foram de 8,6% e 8,2%).

Segundo dados do Instituto Nacional de Estaística (INE), divulgados hoje, o número de dormidas de residentes registou uma diminuição de 9,9% (+5,7% em fevereiro), interrompendo a tendência crescente, enquanto as de não residentes desaceleraram para 3,7% (9,3% em fevereiro). Por outro lado, a estada média (de 2,67 noites) decresceu 1,1% e a taxa de ocupação-cama (39,8%) recuou 1,6%.

Os proveitos totais continuaram a abrandar para um crescimento de 9,9% (14,5 no mês precedente), tendo atingido 188,9 milhões de euros. Os proveitos de aposento atingiram 130,1 milhões de euros e aumentaram 8,6% (16,0% em fevereiro). Estes resultados foram influenciados pelo efeito de calendário associado ao período da Páscoa que ocorreu, em 2016, em março e, em 2017, em abril.

Relativamente à tipologia de alojamento, o mês de março registou um aumento de 2,1% nas dormidas em hotéis (70,9% no total), sendo que nas demais tipologias se registou reduções, em particular nos apartamentos turísticos (-14,2%).

Quanto aos principais mercados, o Reino Unido (que representou 20,7% do total de dormidas de não residentes) registou um crescimento em março de 5,7%, o mesmo crescimento do 1º trimestre. Já o mercado alemão (17,5% do total) cresceu 4,9%, apresentando um crescimento de 5,6% nos primeiros três meses do ano. Em sentido inverso, o mercado espanhol (8,0% do total), tradicionalmente sensível ao “efeito Páscoa”, apresentou uma quebra de 43,7%, em virtude de a Páscoa em 2016 ter ocorrido em março. No total do trimestre, apresentou um decréscimo de 21,5%.

Quanto a França (7,8% do total), o mercado registou um crescimento expressivo, acelerando face aos meses anteriores (23,2% em março, depois de aumentar 15,8% em fevereiro e 13,8% em janeiro). Nos primeiros três meses do ano este mercado apresentou um crescimento de 18,3%.

Entre os principais países, os maiores aumentos em março ocorreram nos mercados brasileiro (87,3%), polaco (43,9%) e americano (30,4%). Estes três mercados foram também os que apresentaram maiores aumentos no primeiro trimestre do ano (60,9%, 34,8% e 28,7%, respetivamente).