Emirates esclarece que vai manter voos para 13 destinos

A companhia aérea Emirates esclareceu que vai continuar a voar para 13 destinos, depois de o presidente e diretor executivo ter dito que a empresa iria suspender todos os voos de passageiros devido à Covid-19, pode ler-se no site da Agência Lusa.

De acordo com a agência noticiosa Associated Press (AP), a Emirates anunciou que entre os destinos para onde continuará a voar estão os Estados Unidos da América, o Reino Unido, o Japão, a Austrália e o Canadá. A transportadora aérea sediada no Dubai justifica a decisão revelando que recebeu pedidos de governos e clientes para ajudar no repatriamento de viajantes.

Apenas horas mais cedo, o presidente e diretor executivo da Emirates tinha anunciado que a companhia se encontrava numa situação em que não podia operar, “de forma viável, voos com passageiros até que os países voltem a abrir as suas fronteiras e a confiança nas viagens regresse”.

Citado pela Associated Press, o xeque Ahmed bin Saeed Al Maktoum assinalou que “o mundo entrou, literalmente, em quarentena devido à pandemia de Covid-19”. Segundo o responsável, “esta é uma crise sem precedentes em termos de amplitude e escala: geograficamente, bem como dos pontos de vista da saúde, social e económico”.

A Emirates irá igualmente continuar a transportar bens essenciais, incluindo medicamentos, para todo o mundo, com recurso à frota de aviões Boeing 777 prontos para o efeito.

Este domingo, foi também anunciado que a companhia aérea irá reduzir salários à vasta maioria dos seus funcionários nos próximos três meses, com cortes entre 25% e 50%, mas não irá proceder a despedimentos.

No sábado, a maior companhia aérea do Médio Oriente, que opera habitualmente em 159 destinos, tinha anunciado a supressão de 111 rotas, no quadro de medidas restritivas para combater a pandemia da covid-19.

Em comunicado, a Emirates dava conta de que o período de suspensão iria variar de um a três meses consoante os destinos, mas que ligações como Paris (França), Frankfurt (Alemanha), ou Islamabad (Paquistão) seriam afetadas “até nova informação”.

De acordo com a Associação Internacional de Transporte Aéreo, as companhias no Médio Oriente já perderam mais de sete mil milhões de dólares em receitas. Segundo a mesma fonte, desde o final de janeiro já foram cancelados no Médio Oriente 16.000 voos de passageiros.

A Emirates, que transportou no ano passado cerca de 58 milhões de passageiros, encontrava-se numa situação financeira favorável no início do ano mas, de acordo com xeque Ahmed bin Saeed Al Maktoum, a propagação da Covid-19 “levou a uma repentina e penosa estagnação nas últimas seis semanas”.