Emirates: “Prevemos que a procura por viagens internacionais continuará forte em 2023”

Depois de assinalar 10 anos de operações para a capital portuguesa em 2022, o responsável pela Emirates em Portugal, David Quito, fez à Ambitur um balanço da companhia aérea e partilhou as expectativas para 2023, começando por mencionar que “as rotas de Lisboa continuam a ter um desempenho muito positivo”, tendo regressado ao “cenário de 2019 com dois voos diários Lisboa-Dubai e com uma oferta de mais de 40 mil lugares por mês”. A taxa de ocupação manteve-se em “linha com a média da companhia a nível global”, estando neste momento perto dos 80%.

A Emirates serve mais de 130 destinos em seis continentes e continua empenhada na restauração da rede em 92% e na capacidade em 80% dos níveis pré-pandemia: “prevemos que a procura por viagens internacionais continuará forte em 2023”, comentou David Quito, explicando que “olhando para este ano, há muitas previsões em torno da inflação, dos preços elevados da energia, e das variações do dólar americano, em parte devido à guerra na Europa e aos desafios do lado da oferta”.

O cenário instável para 2023 é de considerar, mas “a Emirates está a acompanhar de perto a variação dos custos” e está a trabalhar no sentido de continuar a “atrair e a reter clientes, oferecendo uma boa relação qualidade/preço e experiências de viagem excecionais”.

A companhia aérea apresentou um lucro líquido semestral de 4,2 mil milhões de dirhams (1,2 mil milhões de dólares) e uma recuperação de quase 10 mil milhões de dirhams face aos 5,7 mil milhões (correspondentes a 1,6 mil milhões de dólares) de prejuízo para o mesmo período do ano passado, afirmando a “forte rentabilidade operacional”. As receitas do grupo foram de 56,3 mil milhões de dirhams (15,3 mil milhões de dólares) para os primeiros seis meses de 2022-23, um aumento de 128% em relação aos 24,7 mil milhões de Dirhams (6,7 mil milhões de dólares) do ano anterior: “este aumento foi impulsionado pela forte procura de transporte aéreo em todo o mundo, devido à maior facilidade e ao levantamento das restrições de viagem relacionadas com a pandemia”, evidenciou David Quito, dando ainda ênfase a que “o grupo tem sido capaz de explorar as suas sólidas capacidades de tesouraria para apoiar as necessidades do negócio, incluindo pagamentos de dívidas e compromissos relacionados com a pandemia”.

Recentemente, foi anunciada a retoma de mais rotas na Europa com os aviões A380 da Emirates, que fornecem um voo diário direto para Hong Kong e ainda a retoma de serviços de passageiros para Xangai e Pequim: “no final deste Verão, o A380 servirá quase 50 destinos, restaurando perto de 90% da rede pré-pandémica da companhia aérea”. Além disso, foi ainda partilhado um investimento de dois mil milhões de dólares para “melhorar ainda mais a experiência a bordo, incluindo o maior programa de retrofit de 120 aviões equipados com cabines Premium Economy”. Planeia-se ainda a implementação do renovado A380 de quatro classes para mais de 35 destinos em 20 países até março de 2024.

A Emirates investiu também 350 milhões de dólares no equipamento da frota de A350 com soluções de entretenimento de bordo, “oferecendo aos passageiros ecrãs de alta-definição”, promete o representante português, que ainda fez questão de mencionar o “novo modelo de hospitalidade”, os “menus melhorados” e os “novos menus veganos”.

Por Redação Ambitur, publicado na edição 343 da Ambitur.