Emirates: Tesouraria forte será suficiente para sobreviver a período de voos reduzidos

Desde do início do surto da Covid-19, a Emirates e a Associação Nacional de Transporte Aéreo de Duba   – dnata – têm vindo a adotar as operações de acordo com as diretrizes reguladoras e a procura de viagens.

Apesar de um número crescente de proibições, restrições e bloqueios de países em todo o mundo, a companhia aérea tem como objetivo “manter voos pelo tempo que for possível para ajudar os passageiros a voltar para casa”, refere em comunicado. De acordo com a mesma, “continuamos a manter ligações vitais de carga aérea internacional para economias e comunidades, implementando a sua frota de 777 cargueiros para o transporte de bens essenciais, incluindo fornecimento de  suplementos médicos em todo o mundo”.

Com muitas companhias aéreas a reduzir drasticamente os voos ou a encerrar por completo os seus serviços, a dnata também reduziu significativamente as operações, incluindo o fecho temporário de alguns escritórios na sua rede internacional.

HH Sheikh Ahmed bin Saeed Al Maktoum, Chairman e Chief Executive do Emirates Group declara que “o mundo literalmente entrou em quarentena devido ao surto de COVID-19. Esta é uma situação de crise sem precedentes em termos de amplitude e escala: geograficamente, bem como do ponto de vista social, económico e de saúde. Até janeiro de 2020, o Emirates Groupa estava num bom caminho relativamente às metas atuais para o seu target. Mas o COVID-19 trouxe uma paragem repentina e dolorosa nas últimas 6 semanas”.

Até à próxima quarta-feira, dia 25 março, a Emirates vai operar voos de carga que permanecem ocupados, no entanto, suspendeu temporariamente a maioria das operações de passageiros. “Continuamos a acompanhar a situação de perto e, assim que for permitido, restabeleceremos os nossos serviços”, diz o responsável.

Após várias solicitações de governos e passageiros para apoiar o repatriamento de passageiros, a Emirates vai continuar a operar voos de passageiros e de carga para os seguintes países: Reino Unido, Suíça, Hong Kong, Tailândia, Malásia, Filipinas, Japão, Singapura, Coreia do Sul, Austrália, África do Sul, EUA e Canadá.

O Grupo Emirates tem um “balanço sólido e tesouraria substancial” pelo que, “podemos com uma ação apropriada e oportuna, sobreviver por um período prolongado de horários reduzidos de voos, para que estejamos adequadamente preparados para o retorno à normalidade”, refere Sheikh Ahmed.

Medidas de redução de custos:

O Emirates Group adotou uma série de medidas para conter custos, pois as perspetivas para a procura de viagens permanecem debilitadas nos mercados a curto e médio prazo:

  • Adiar ou cancelar despesas opcionais
  • Um congelamento de todo o trabalho não essencial de recrutamento e consultoria
  • Trabalhar com fornecedores para encontrar a economia e eficiência de custos
  • Incentivar os funcionários a tirar férias remuneradas ou não, à luz da capacidade reduzida de voos
  • Redução temporária do salario base para a maioria dos funcionários por três meses, variando de 25% a 50%. Os funcionários continuarão a receber os outros subsídios durante esse período. Os colaboradoress de nível júnior estão isentos da redução salarial base
  • Os presidentes da Emirates e dnata – Sr. Tim Clark e Gary Chapman- terão um corte de salário base de 100% por três meses.

Acerca da decisão de reduzir o salário base, Sheikh Ahmed esclarece que, “em vez de pedir aos funcionários que deixem o negócio, optámos por implementar um corte temporário no salário base, pois queremos proteger nossa força de trabalho e manter os nossos recursos humanos talentosos e qualificados, tanto quanto possível . Queremos evitar despedimentos. Quando a procura aumentar novamente, também queremos poder acelerar e retomar rapidamente os serviços para nossos passageiros”.