Empresas vão investir mais nas viagens de negócio em 2018

Mais confiantes no desempenho da economia nacional, 46% das empresas portuguesas mostram intenção de vir a aumentar a sua despesa nas viagens de negócio em 2018, revela o Barómetro das Viagens de Negócio da Travelstore American Express, realizado junto de 311 empresas sediadas em Portugal.

Este inquérito, que será apresentado hoje, dia 15 de março, durante o Salão das Viagens de Negócio, na Estufa Fria, em Lisboa, mostra que a Europa lidera os destinos para onde as empresas planeiam viajar. Da amostra de inquiridos, 31% reconhece que poderá vir a gastar acima de um milhão de euros, enquanto que 25% admitem que o gasto não ultrapassará os 50 mil euros.

A maioria (73%) utiliza o correio eletrónico para marcar as suas viagens, sendo o check-in a principal razão apontada para o uso de ferramentas mobile. Só 8% diz recorrer ao telefone. O CEO da Travelstore, Frédéric Frère, entende que este resultado se deve pelo facto de as empresas valorizarem as relações humanas: “Há aqui um aspeto cultural”.

Relativamente ao pagamento das deslocações é, geralmente, realizado com recurso a crédito direto com a sua agência ou através de soluções Lodge Card/Corporate Card. Mais de metade (60%), referem ainda a utilização de sistemas específicos de requisição de viagens, da sua empresa ou agência, nos últimos anos.

A reserva antecipada de viagens (73%) é apontada como a solução mais utilizada pelas empresas para otimização de custos. O barómetro indica que 88% valoriza, sobretudo, o apoio 24 horas e a assistência em viagem.

Entre outras conclusões, o estudo aponta ainda que os inquiridos (73%) reconhecem “a necessidade da construção urgente” do novo aeroporto de Lisboa. “E é de esperar que ele seja operacional no mais curto tempo de espaço possível”, disse o CEO da Travelstore, referindo-se quer à importância de garantir mais capacidade aérea em Portugal como também em manter a ocupação dos hotéis.

Nota-se também nos empresários uma clara tendência para optarem cada vez mais pelo alojamento local, pelo que 43% já entende ser uma alternativa válida para viagens de negócio. O mesmo acontece com as plataformas de transporte urbano individual – como a Uber -, às quais mais de metade (51%) dos inquiridos já recorrem.