“Enquanto houver decisores que pensam que o investimento é uma despesa não passamos daqui”

O presidente da Entidade Regional do Algarve, Desidério Silva, criticou, no 41º Congresso da APAVT, as limitações que as regiões de turismo têm em matérias de grande importância. Dando conta de que, atualmente, “as regiões de turismo funcionam em função daquilo que os decisores políticos, o Turismo de Portugal e os governos quiserem, Desidério Silva afirmou que, na sua opinião, “as regiões de turismo não podem ser apenas entidades que fazem gestão do pessoal que lá trabalha há 30 e 40 anos”. “Nós  temos de ser muito mais do que isso, temos de ter a capacidade de intervir, criando soluções e abrindo horizontes para a região e isso, obviamente, não se faz com as limitações que as regiões têm”, afirmou o responsável, dando conta de que muitas das propostas que são feitas pelas entidades regionais são recusadas ou “porque ou não se enquadram na matriz nacional ou  então não se enquadram naquilo que são os alinhamentos do financiamento”.

Para Desidério Silva, o Algarve “tem muita carência” no que à atração de grandes eventos diz respeito. “Enquanto houver decisores que pensam que o investimento é uma despesa então não passamos daqui”, afirmou o responsável, referindo-se à realização de concertos, provas desportivas e outros eventos, “que no fundo poderiam trazer visibilidade à região”.