Espanha já marcou no calendário a data de 1 de julho para receber turistas

Em videoconferência com empresários do sector turístico e com a presença do secretario geral de Organização Mundial de Turismo (OMT), o ministro dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana, José Luis Ábalos, e a ministra da Indústria, Comércio e Turismo, Reyes Maroto, garantiram uma temporada de verão com segurança para todos os viajantes. Os últimos dados sobre a evolução da pandemia revelam-se positivos e a rapidez do desconfinamento permite que o objectivo de abrir Espanha, a partir de dia 1 de julho, é possível dentro de um marco de segurança sanitária para todos.

O Governo já está a trabalhar em vários cenários, como abrir fronteiras intraeuropeias, abrir mais pontos de entrada, arrancar com experiências piloto de rotas seguras e avaliar a implementação de possíveis rotas para terceiros países. O transporte aéreo mereceu uma especial menção, tendo em conta ser essencial para o regresso do turismo para o país, pois 8 em cada 10 turistas chegam via aérea.

Ambos os ministros salientaram a importância do papel deste setor na economia como sendo um dos pilares da economia espanhola, recebendo anualmente 83 milhões de turistas, representa um 12,3 % do PIB e é responsável por 2,6 milhões de empregos.

Garantem também que todas as medidas para a chamada nova normalidade asseguram uma série de obrigatoriedades, de maneira a garantir a segurança de todos. Eliminar-se-á a quarentena para cidadãos que cheguem a partir do mês de julho, mas manter-se-ão medidas de controlo como a medição da temperatura, preenchimento de inquéritos ou monitorização das pessoas que entrem através de aeroportos e portos.

Todas as actuações levar-se-ão a cabo sob três premissas:

– Os dados epidemiológicos darão o aval para a abertura tanto da mobilidade entre nacionais como das fronteiras a cidadãos comunitários e de terceiros países, caso exista essa eventualidade;

– As medidas de abertura serão coordenadas com os Estados Membros da UE nos termos dos protocolos de segurança estandardizados tanto em matéria sanitária, como de toda a cadeia turística;

– Todas as actuações realizar-se-ão num marco de segurança e transparência. As guias e recomendações que a Comissão aprovou nesta matéria serão uma referência essencial.

Quanto ao transporte aéreo, a Agência de Segurança Aérea e o Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças já publicou as recomendações para este sector, as quais o Ministério de Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana quer transferir como obrigatórias para uma regulação que o ministério já está a elaborar. Estas medidas serão aplicadas a todos os intervenientes nesta área, AENA, gestores privados de tráfico civil, companhias aéreas, operadores e passageiros dentro do território nacional.

Neste sentido a AENA já pôs em andamento o Plano de Recuperação Operativa o qual será aplicado em duas fases com medidas que garantem a segurança nas instalações, através de limpeza e desinfecção, sinalética, instalação de acrílicos nos balcões, limitação nos acessos dos acompanhantes aos terminais, potenciar-se-á a faturação online, readaptar-se-ão os processos de levantamento de bagagem, entre outras medidas já conhecidas.