Estado de Emergência: “É essencial saber o mais rápido possível as condições concretas das medidas anunciadas”

O país está em “Estado de Emergência”, assim como a sua economia. A Ambitur.pt, cumprindo a sua missão, está a ouvir os empresários turísticos de norte a sul e ilhas, no sentido de auscultar quais as necessidades reais que a atividade turística tem, que medidas espera atualmente do Governo, e do que está também disposto a fazer de modo a contribuir para minimizar, neste momento, os impactos diretos da COVID-19.

Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé Hotéis, admite que o grupo está sobretudo preocupado com “a imprevisibilidade, tanto da evolução da pandemia como do impacto económico e os seus efeitos, que certamente irão perdurar no tempo e trazer muitas alterações no quadro de atuação a que estávamos habituados”.

No que ao turismo diz respeito, e olhando para o futuro, o empresário lembra que os principais mercados emissores para Portugal se encontram em fases diferentes do surto, pelo que também haverá diferentes velocidades de recuperação. Quanto à aviação é à fragilidade das companhias aéreas, em resultado da pandemia, “é uma situação que deve merecer toda a atenção”.

Da parte dos privados, Gonçalo Rebelo de Almeida acredita que o que podem fazer é “procurar assegurar a manutenção dos postos de trabalho e a sustentabilidade das suas empresas”. Devem ainda ajudar a população e a comunidade, e “manter a união, a calma e a esperança, reconhecendo a crise será dura e longa, mas também uma oportunidade para melhorar, inovar e ter mais capacidades para enfrentar o futuro”.

Quanto ao Governo, o administrador da Vila Galé defende que “as medidas já apresentadas foram globalmente positivas” e “sendo efetivamente postas em prática, podem ser uma boa ajuda”. Mas admite que “ainda possam vir a ser necessárias mais medidas de apoio ou adaptações nas já existentes”.

Para que os postos de trabalho e a sustentabilidade das empresas possam ser assegurados, Gonçalo Rebelo de Almeida não hesita em afirmar à Ambitur.pt que “toda a regulamentação e esclarecimentos têm que se prestados em tempo recorde”. E, do ponto de vista dos empresários, “é essencial saber o mais rápido possível as condições concretas das medidas anunciadas de modo a poderem preparar o futuro”.