Estado de Emergência: Há que “preparar as empresas para as mudanças que vão surgir no setor”

O país continua em Estado de Emergência e os empresários do setor turístico têm respondido ao desafio da Ambitur.pt no sentido de partilharem connosco o que podem esperar do Governo no atual momento, o que mais os preocupa e que papel têm os privados nesta crise.

Oliver Zahn, CEO da Portimar DMC, perante a atual situação que atinge todo o setor, defende que o Governo deve alargar os apoios atuais dados às microempresas de modo a abranger os MOE (Membros dos Órgãos Estatutários) pois, explica “normalmente estes fazem parte da força produtiva da empresa e terão dificuldades acrescidas (…) o que, seguramente, irá provocar um maior número de falências”. Quanto ao restante tecido empresarial, o empresário indica que é fundamental “garantir que o dinheiro chega com a maior brevidade às empresas”.

O responsável da Portimar mostra-se preocupado com a duração desta situação. “Se falarmos em mais de três meses previstos, terá um impacto muito grande na economia, quer ao nível das empresas, quer ao nível do Estado”, justifica. Por outro lado, assume a sua preocupação com o futuro do setor do turismo, o qual “não será igual”, admite, e “terá um ritmo de recuperação mais lento que os restantes setores”, alertando pois que é necessário começar já a planear este cenário.

Quanto aos privados, Oliver Zahn assume que têm, por um lado, o papel de “assegurar a continuidade dos postos de trabalho dos seus colaboradores, no sentido de poder transmitir essa confiança que é muito necessária neste período de incerteza”. Além disso, há que “preparar as empresas para as mudanças que seguramente vão surgir no setor”.