Estado de Emergência: “Para a Lusanova o importante neste momento é ultrapassar a tempestade”

O país continua em Estado de Emergência e os empresários do setor turístico têm respondido ao desafio da Ambitur.pt no sentido de partilharem connosco o que podem esperar do Governo no atual momento, o que mais os preocupa e que papel têm os privados nesta crise.

Luís Lourenço, diretor geral da Lusanova, mostra-se preocupado com a retoma do setor das viagens e turismo, um dos mais afetados pela pandemia da Covid-19 pois “a falta de mobilidade e as quarentas decretadas, quer nos principais países emissores para Portugal, quer para destinos de lazer dos portugueses, criam uma paralisação quase total do negócio”. Consciente de que a confiança não se ganha de um mês para o outro, o responsável defende que “o Governo tem um papel determinante, através do seu apoio a campanhas de motivação, para que as pessoas viajem, e também incremento das medidas de apoio às empresas que querem continuar a manter os empregos e capacidade financeira para seguir a sua atividade normal”.

O gestor admite que o Governo tem tido em atenção medidas para as empresas do setor que já tiveram impacto positivo, como o lay-off siplificado. Mas vai mais longe e apela a que tenha também em consideração, em conjunto com as associações representativas do setor, outros temas importantes como os rembolsos de passagens não voadas com as companhias aéreas ou medidas legislativas que suspendam temporariamente alguns itens das condições gerais aplicáveis aos pacotes de viagens, como foi decidido em países como a França e Espanha.

“Para a Lusanova o importante neste momento é ultrapassar a tempestade, para continuar a fazer parte do futuro e manter o mesmo padrão de qualidade de serviço ao passageiro que temos como missão desde 1959”, sublinha Luís Lourenço.

O diretor geral da Lusanova apela a que os privados continuem a lutar para que as suas empresas possam seguir em frente, no final desta crise. “Neste momento, é importante a união e colaboração de todos, mesmo à distância, para que todos possamos ultrapassar esta pandemia”, justifica. E explica que as empresas devem manter-se em colaboração com clientes e fornecedores pois, depois da crise, “as pessoas vão querer relaxar e viajar para recuperar as semanas de quarentena e o estado de apreensão com que todos vivemos por estes dias”.