Estado reforça o capital da CP- Comboios de Portugal com mais 16,8 milhões

O Estado português aumentou o capital estatutário na CP – Comboios de Portugal, E.P.E., passando a ser de mais de 3.420 milhões de euros, de acordo com uma informação disponível da Comissão de Mercados e Valores Mobiliários (CMVM), noticia a Lusa. Segundo a nota, o Estado português reforçou o capital com 16,8 milhões, passando a ter 3.420.800.000 euros

No final de junho, aquando da nomeação do novo presidente do Conselho de Administração, Carlos Nogueira, a imprensa revelou que o Estado tinha colocado na CP – Comboios de Portugal mais 12,4 milhões de euros, totalizando em mais de 900 milhões o valor usado nos últimos três anos para capitalizar a empresa pública que gere a rede de comboios nacional. Na altura, numa resposta ao “Jornal de Negócios”, a assessoria de imprensa do Ministério das Infraestruturas disse que o aumento de capital estatutário da CP, em 12,4 milhões de euros, se destinava a suprir as necessidades de capital da empresa.

Cerca de um mês depois, no final de agosto, a CP anunciou ter reduzido o prejuízo para 57,9 milhões de euros no primeiro semestre do ano, face a igual período de 2016, tendo transportado 60 milhões de passageiros. No relatório e contas dos primeiros seis meses deste ano, o grupo CP – Comboios de Portugal explica que, para este desempenho, contribuiu “fundamentalmente” a melhoria do resultado operacional em 8,3 milhões de euros (para 18,8 milhões de euros negativos), ou seja, mais 31% do que no mesmo período do ano passado, e do resultado financeiro, com mais 12%.

Entre janeiro e junho, a CP transportou 60,2 milhões de passageiros, 4,8% acima do previsto, um crescimento que diz ser transversal a todos os serviços e todos os títulos. No final do primeiro semestre, a CP tinha 2.696 funcionários, mais 50 do que no mesmo período de 2016, resultado do recrutamento realizado durante o ano passado, ainda que compensado por “um número significativo de saídas por reforma e por revogação do contrato de trabalho por mútuo acordo”, segundo o relatório.

A dívida remunerada da CP era, em 30 de junho, de três mil milhões de euros, com uma redução de 17,7 milhões em relação ao final de 2016, “em consequência fundamentalmente da amortização de empréstimos BEI” (Banco Europeu de Investimentos).