A expansão internacional tem feito parte do crescimento do Pestana Hotel Group mas hoje, segundo afirmou José Roquette, Chief Development Officer do grupo, numa apresentação à imprensa, em Lisboa, “estamos a fazer um reforço na nossa liderança em Portugal”. E não hesitou em sublinhar que “hoje, em Portugal, temos os nossos melhores casos de investimento”, reforçando que “não temos nenhum mercado no qual seja tão rentável investir como Portugal”.
Assim, o Pestana Hotel Group tem em mãos uma série de investimentos nas cidades de Lisboa e do Porto que acabam por mudar o paradigma de investimento do grupo, originando um portfólio nacional mais equilibrado e cada vez mais assente nestas duas cidades. Até porque, como recorda José Roquette, Lisboa e Porto já estão a chegar à “segunda divisão” no que diz respeito às principais cidades captadoras de turistas, figurando, de acordo com um ranking da PwC, no TOP 10. “O que só mostra que muito foi feito – estamos muito bem a nível de ocupação – e que há ainda muito por fazer – sobretudo a nível do preço médio onde é possível melhorar”, explica o responsável.
Só em Lisboa o investimento já calculado será de 14 milhões de euros, com dois novos hotéis a juntarem-se às três unidades que o Pestana Hotel Group tem na capital portuguesa. Trata-se do Pestana Downtown, entre a Rua do Comércio e a Rua Augusta, cujo investimento de sete milhões de euros dará origem a um hotel de quatro estrelas com 89 quartos, assente num modelo de negócio de arrendamento; e do quatro estrelas Pestana Liberdade, na Rua Braamcamp, que também será alvo de um investimento de sete milhões de euros, em arrendamento, com um total de 90 quartos.
Já na Invicta, onde o grupo conta atualmente com três hotéis, nascerão outros três, um dos quais uma Pousada, num total de investimento que ronda os 30 milhões de euros. Assim, além do Pestana Goldsmith, na Avenida dos Aliados, em parceria com o Grupo David Rosas e onde o grupo fará a gestão da unidade com 43 quartos, a cadeia de Dionísio Pestana investirá ainda no Pestana Douro, um antigo sonho do presidente do grupo. Esta unidade de quatro estrelas implicará um investimento de 16 milhões de euros, num hotel que ficará propriedade do grupo, e que contará com 167 quartos, sendo mais vocacionado para o segmento de congressos e reuniões. Por fim, a Pousada da Rua das Flores, também propriedade da cadeia, resultará de um investimento de 14 milhões de euros e terá 87 quartos.
“Um momento único de expansão”
“Vivemos um momento único de expansão”, reitera José Roquette. Em números serão investidos mais de 200 milhões de euros até 2022. Nos próximos cinco anos, o grupo contará com 3.500 novos quartos, superando assim os 15.000 quartos, mas o responsável não ficaria surpreendido se dentro de três anos este número fosse atualizado para os 5.000 novos quartos.
O Pestana Hotel Group tem um pipeline de 20 hotéis e outras frentes negociais em curso, e 10 aberturas previstas para os próximos 18 meses, seguindo-se outras 10 nos dois a três anos seguintes. E tudo, conforme faz questão de sublinha José Roquette, com “rentabilidades crescentes”: o EBITDAR atingirá os 130 milhões de euros em 2018.
No que diz respeito à internacionalização, o Brasil para já está parado e o responsável é peremptório: “enquanto não der mais sinais de credibilidade e estabilidade não irá captar mais investimento nosso”, acrescentando que “temos outros destinos onde conseguimos ter mais rentabilidade e menor risco”. Por isso hoje, o pilar da expansão internacional assenta, por um lado, na afirmação europeia e, por outro, no grande sonho americano.
Assim, depois de Londres, Berlim, Barcelona e Amesterdão, seguem-se duas fortes apostas em Madrid em 2019 – Pestana Plaza Mayor e Pestana CR7 – e a “conquista decisiva em Paris para 2023” com mais um Pestana CR7. “O primeiro ciclo de afirmação europeia está concluído”, resume José Roquette.