Estará a Booking em melhor forma para recuperar do que a Airbnb e Expedia?

A Booking enfrenta a crise da Covid-19 com melhores garantias do que a Airbnb e a Expedia. Isso mesmo pode concluir-se de um relatório da Cowen Equity Research, divulgado pela Skift, que afirma que tal se deve ao facto de dispor de maior músculo financeiro e de um modelo de negócio mais bem preparado para superar a recessão económica provocada pela pandemia.

A Booking conta com uma vantajosa posição de liquidez face aos seus concorrente. Mais concretamente, a consultora estima que terá em seu poder um fluxo de caixa de 8.500 milhões de dólares face aos valores entre 1.000 e 2.000 milhões da Airbnb e Expedia, após os cancelamentos em massa de reservas. Os custos fixos dos três grupos rondavam os 750 milhões de dólares por trimestre antes dos programas de ajustamento executados nas últimas semanas.

A Cowen Equity Research explica que a Booking é aquela que utiliza de forma maioritária o modo de pagamento no hotel, pelo que só apenas teria cerca de 1.600 milhões de dólares em reservas pré-pagas em finais de 2019, face aos 5.000 milhões da Expedia, por exemplo. E enquanto que a Booking e a Expedia adotaram abordagens mais conservadoras a nível de reembolsos, a Airbnb procedeu, desde o primeiro momento, à devolução de todo o dinheiro adiantado pelos clientes com reservas canceladas.

No que diz respeito ao Marketing, os autores do relatório acreditam que na fase da recuperação tanto a Booking como a Airbnb poderão estar em vantagem sobre a Expedia. O motivo é que os dois primeiros geram mais tráfego direto e dependem menos da Google para encontrar clientes.

A Cowen Equity Research é otimista e prevê uma recuperação rápida da indústria turística. Estima que após a quebra da atividade este ano, o setor do alojamento protagonizará um crescimento de 50% em 2021 e de 33% em 2022.