“Este é o momento em que é possível comprovar que estamos todos juntos”: público e privado

Sendo o turismo um setor tão variado, serão várias as pequenas empresas que não terão músculo financeiro para suportar a crise. Sobre a temática “E agora? Turismo: a reinvenção de um setor”, promovida pela Nova School of Business & Economics (Nova SBE), foram levantadas diversas questões, tais como qual a forma de ultrapassar a crise enquanto ecossistema, a união e o apoio mútuo.  

Segundo Margarida Almeida, founder e CEO Amazing Evolution Management, há princípios estruturais comuns a todos os empreendimentos turísticos que a empresa gere (de 17 a 250 quartos): “Respeito pela identidade do produto e da localização”. Ao “aliar” estes dois fatores, os “pequenos empreendimentos turísticos” vão conseguir “diferenciar-se” do mercado, captando um “público-alvo” diferenciador, e “não entrando assim em disputa” como, por exemplo, “baixar preços”. No que se refere às regras de higienização, a responsável afirma que o que a crise veio propor foi “acrescentar procedimentos que já estavam implementados no setor”, ao contrário de outros setores que não tinham. Aos empreendimentos turísticos, independentemente da sua tipologia, cabe a garantia de uma “experiência única”, sendo fundamental a todos os negócios terem a capacidade de “criar (ao hóspede) vontade de voltar”.

Do ponto de vista da colaboração conjunta, entre privado e público, Margarida Almeida é perentória: “Se havia dúvidas de que era impossível (juntar público e privado), este é o momento em que é possível comprovar que estamos todos juntos”. Além disso, as medidas que têm vindo a ser implementadas, quer pelo Governo quer pelo Turismo de Portugal no sentido de apoiar todo o tecido empresarial, são motivo de esperança. No caso do lay-off simplificado, “houve uma mensagem de apoio que foi extremamente importante para que não houvesse uma tentação imediata de fechar as unidades e despedir as pessoas”. A visão da responsável é de que “estamos todos sintonizados” para a retoma que “deve ser feita de forma cuidadosa e lenta” para que, no futuro, “venha a ser sustentável”.