“Este é um momento crítico para retomar a nossa atividade”

Esta foi a mensagem deixada por Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, no webinar de lançamento da 15ª edição da revista Turismo’21, do IPDT. O responsável não quis falar do futuro, mas do presente do setor do turismo, deixando bem claro que “este é um momento crítico para retomar a nossa atividade”.

Reconhecendo que “os ativos estão cá todos, estamos muito bem posicionados, a perceção de Portugal é extremamente positiva e conseguimos ao longo dos anos captar mercados diferentes”, Luís Araújo lembra que “todos fizemos de tudo ao longo deste ano” para enfrentar a pandemia da Covid-19 e os impactos avassaladores que teve neste setor. Houve comunicação com os mercados e com os clientes, uma adaptação dos destinos e da oferta às novas necessidades e, do lado do Turismo de Portugal, por exemplo, uma aposta na formação, que chegou a mais de 80 mil profissionais em 2020.

“Fizemos de tudo para transmitir confiança”, garante, e agora “há bons sinais daquilo que vai acontecer”. O presidente do Turismo de Portugal adiantou que desde fevereiro, e segundo dados apresentados hoje pela Google, se verifica um crescimento das pesquisas, muito alavancado pela procura doméstica. “Há uma confiança no ar ao nível das reservas e da procura”, assegura. Mas também admite que “podíamos crescer mais” e que “este é o momento crítico” para que isso aconteça. “Podíamos crescer mais se já estivéssemos abertos ao Reino Unido, aos EUA e a outros mercados”, afiança, salientando que “o risco não deve ser do país mas de pessoa”, e que “não devemos ter quarentenas nem podemos discriminar países”.

Luís Araújo defendeu ainda que houvesse pressão para que os testes de antigénio sejam aceites internacionalmente, acreditando que tal seria fundamental em termos de competitividade para o nosso país e facilitaria a mobilidade. Por outro lado, defendeu ainda um foco na ciência: “precisamos da ciência para nos explicar as formas de transmissão num hotel, num restaurante…”. O Turismo de Portugal está pois a trabalhar com a NOVA Medical School para poder transmitir esta informação ao setor.

“Estou muito otimista em relação ao futuro”, conclui o responsável, mas lembra que “é preciso que nos deixem fazer o que sabemos fazer de melhor, receber bem, e isto tem que se fazer já”.