Estratégia de desenvolvimento da rede da TAP a dois tempos

Fernando Pinto, presidente da TAP, que participou no Congresso Nacional da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), deu conta que a estratégia de desenvolvimento da empresa passa por duas fases.
A primeira, até ao final de 2017, já está em curso e implica a atualização e melhorias de alguns dos seus aviões, estratégia que se manterá nos próximos dois anos e que visa atingir menores custos por assento, assim como a possibilidade de os aviões poderem voar uma distância maior.
Numa segunda fase, a (grande) estratégia de crescimento da companhia será assente nos dois novos modelos Airbus, o A330 Neo e o A321 de longo alcance, encomenda que começará a ser integrada na TAP a partir de finais de 2017, até 2020. Fernando Pinto indica que estes dois modelos encomendados pela TAP estão a servir de base para desenho de toda a rede aérea da companhia, assentes na sua flexibilidade e custo por assento menor. “Estamos a reanalisar toda a malha da companhia”, considerando Fernando Pinto que ainda é cedo para ter algo concreto a dizer ou afastando desta forma notícias que davam conta da saída da companhia do Aeroporto do Porto: “não confirmamos que vamos sair da operação do Porto”. Sobre este destino o presidente da TAP alertou que “temos mais dificuldade de concorrer ali, fixaram-se lá empresas low cost muitos fortes, lá não temos a força do hub de Lisboa, é muito mais complicada a competição. No Porto temos que ver qual a estratégia que vamos seguir para conseguirmos consolidar. O Porto tem um enorme volume de mercado e de vendas – 226 milhões para a TAP, é um mercado que temos que respeitar”.
Para o responsável a empresa está atualmente com um rumo de futuro: “finalmente temos capital, finalmente temos planos para o futuro”. Acrescentou ainda Fernando Pinto que “a vantagem de ter capital é que se pode jogar com muita coisa, os novos aviões começam a chegar em finais de 2017 mas o importante é que há alguns ganhos que se começam a fazer agora. Já estamos a pegar em alguns dos A320 e a fazer modificações, o que já dá alguma vantagem a nível de consumo, e conseguem ir mais longe.”
Por outro lado, a frota da Portugália também está a merecer a atenção da empresa, sendo que “está a ser, finalmente, renovada”, afirmou Fernando Pinto. Segundo o responsável, os “Fokker serão todos substituídos” até ao final do próximo ano, quanto aos Embraer estão ser estudados alguns cenários.

cz
Nesta ocasião, o responsável também deu conta do organigrama da empresa ao nível de decisão. “Temos um grande conselho internacional, com 11 pessoas, que se reúne de três em três meses. Depois um conselho de administração com dois responsáveis dos compradores, e eu. Por último temos cinco vice-presidentes: Luís Mór, área Comercial, Abílio Martins, Marketing e Comunicação, um responsável que vem de fora da empresa mas de nacionalidade portuguesa, ficará com a área de Planeamento de Rede, um responsável norte-americano, com a área de Coordenação de Operação, e Teresa Lopes, na vertente Financeira.