Estrela Geopark: Uma experiência a céu aberto em contacto com as comunidades

Um território pouco massificado com um riquíssimo património aliado às paisagens, praias fluviais, trilhos pedestres e gastronomia fazem da Estrela um dos destinos mais apetecíveis e seguros neste período de pandemia.

Se já antes da pandemia visitar um Geopark Mundial da UNESCO era algo imperdível, a atratividade destes territórios acentuou-se agora. E o Estrela Geopark, na região da Serra da Estrela, constitui sem dúvida um destino que deve ser explorado, beneficiando da mais-valia de proporcionar uma experiência num espaço aberto mas em contacto com a natureza e as comunidades. Ao facto de ser um território pouco massificado juntam-se elementos de peso como as paisagens, as praias fluviais, os trilhos pedestres e a gastronomia, bem como a cultura tipicamente de montanha. Pelo que a Estrela é hoje um dos destinos mais apetecíveis e seguros neste período pandémico.

E, para garantir que esta região se desenvolve da melhor maneira, a Associação Geopark Estrela foi criada para assegurar a valorização, preservação, interpretação e estudo dos recursos naturais e culturais deste Geopark, fomentando a ciência, a educação, a cultura e o turismo, sempre numa perspetiva de sustentabilidade, envolvendo visitantes e residentes.

Sendo o turismo um dos pilares de um Geopark Mundial da UNESCO, a associação tem direcionado a sua estratégia no sentido de contribuir para a criação de uma marca turística forte, assente no património e cultura, reforçando parcerias e ajudando assim a colmatar a sazonalidade. O objetivo é pois criar novos produtos turísticos que se baseiem nos valores naturais e paisagísticos do território.

Os visitantes podem desfrutar dos Percursos Interpretativos existentes, quer de forma autónoma, quer com interpretação dos técnicos do Estrela Geopark. Através destes percursos poderão viajar entre castelos e miradouros, conhecer o património religioso e industrial da Estrela, e observar marcas da última glaciação, evidentes nos setores mais elevados da serra. Existem atualmente sete percursos disponíveis e outros três estão a ser desenvolvidos com novas temáticas (Geológico, Mineiro e Rios). A associação está ainda a criar roteiros geológicos em espaços urbanos para fomentar a relação entre a cultura, a arte e a geologia, no seio das cidades e vilas da região.

Podem ainda visitar o Centro de Interpretação da Torre do Estrela Geopark e, no futuro, poderão usufruir de uma nova aplicação (GUIA), um sistema interativo de informação. Mas a verdade é que a rede de percursos pedestres e o conhecimento do seu imenso património, classificado pela UNESCO, são por si só atrativos suficientes para tornar o Estrela Geopark um destino turístico sustentável durante todo o ano. O que não impede a associação de continuar a inovar e, ainda este ano, ter lançado uma nova atividade – “Caminhar com Ciência no Estrela Geopark” – com o intuito de colocar a ciência ao serviço das populações. Além disso, está para breve o lançamento de atividades de Observação Astronómica, em parceria com diversas instituições, bem como um conjunto de novos Percursos Interpretativos. Em fase de implementação está ainda a Grande Rota do Estrela Geopark, cuja inauguração está prevista para o outono de 2022, que oferecerá uma rede de percursos pedestres e cicláveis, transformando esta serra num destino de excelência para a prática do pedestrianismo, do turismo de natureza e do cycling.