De acordo com o estudo internacional da consultora imobiliária Savills em conjunto com a HomeAway, plataforma especialista em alojamentos para férias, as “intenções dos proprietários de residências secundárias são, em primeiro lugar, manter estas residências como um investimento a longo prazo e investir, maioritariamente, em alojamentos no seu país de origem”, lê-se na nota enviada.
Objetivos a longo-prazo
De acordo com o estudo, para a maioria dos proprietários entrevistados, uma segunda casa é um investimento de longo prazo. “Apenas 8% dos proprietários pretendem vender a sua residência secundária no próximo ano e 12% pretende fazê-lo nos próximos dois a cinco anos. Com apenas 20% do mercado disponível para venda nos próximos cinco anos, um proprietário deverá manter a sua residência, em média, por cerca de 25 anos. Durante este período, e numa época de taxas de juro baixas e de um modesto crescimento de capital, espera-se que grande parte dos proprietários (43%) planeie continuar a alugar a sua residência secundária para obter rendimentos adicionais”.
Portugal e Espanha: principais destinos para investimentos futuros em residências secundárias
O estudo da consultora imobiliária Savills e da HomeAway diz que Portugal e Espanha são “os principais mercados para futuros investimentos em residências secundárias”. Seguem-se a França, EUA e Itália. O mercado do alojamento local espanhol “tem vindo a atrair cada vez mais a atenção de compradores de residências secundárias”, que chegam de várias partes da Europa e do mundo. Portugal, em segundo lugar, “beneficia de uma vasta procura, tendo sido identificado com um dos três principais destinos de investimento pelos holandeses, franceses, italianos e espanhóis”.
Embora Portugal e Espanha estejam identificados como os principais destinos para futuros investimentos em residências secundárias, “a maioria dos proprietários revela que a primeira escolha, para a sua próxima aquisição imobiliária, será no seu país de origem”. Esta intenção reflete um “maior foco no rendimento, uma vez que o conhecimento do mercado local e a maior facilidade de gestão do alojamento podem potenciar significativamente os lucros gerados pelas residências secundárias”, refere a nota.
O estudo diz ainda que “atualmente, para além dos portugueses são os proprietários britânicos e os holandeses que mais propriedades detêm em Portugal, um cenário idêntico ao espanhol onde os principais proprietários são espanhóis, britânicos e alemães”.
Os britânicos & o Brexit: onde farão os investimentos futuros?
Tal como os restantes proprietários de outras nacionalidades, também os ingleses começam a
investir mais no seu país de origem. Na nota enviada à imprensa lê-se que “cerca de 37% dos inquiridos identificaram o Reino Unido como a sua primeira escolha para a próxima compra de casa, um valor acima dos 31% registados em 2011”. O único destino alternativo e em crescimento para próxima aquisição de uma residência secundária por parte dos britânicos é Espanha, 18% em 2018 vs 12% em 2011. “Ainda assim, apesar da incerteza do Brexit, 52% dos entrevistados britânicos referiram outro país daUnião Europeia como a sua principal escolha para o seu próximo investimento imobiliário. Entre as principais escolhas dos britânicos para investir fora do seu país, na União Europeia encontram-se a Espanha, França e Itália”.