Investimento em viagens empresariais vai crescer em 2017

Mais de metade das empresas sediadas em Portugal pretendem aumentar o seu investimento em viagens durante 2017, mais 52% face ao ano passado. Esta é a principal conclusão do Barómetro das Viagens de Negócio 2017, um estudo apresentado hoje pela Travelstore American Express no SVN – Salão das Viagens de Negócio, no Teatro Tivoli, em Lisboa, que contou com a presença de Frédéric Frère, CEO da Travelstore, e de Holger Luikenga, vice-presidente da American Express Business Travel.

O estudo começou por questionar as empresas acerca da política de viagens, designadamente sobre como fazem as reservas: por aplicação mobile (6%), telefone (20%), sistema específico de requisição de viagens (35%), online ou self booking tool (38%) ou correio eletrónico (56%).

À questão “como faz o pagamento das viagens”, 61% das empresas admitem recorrer ao crédito direto, 17% utilizam o lodge card, 14% optam por fazer pré-pagamento e 13% utilizam o factoring/confirming Apenas 11% usam o cartão de crédito individual.

Questionados sobre a como fazem o controlo dos custos anuais das viagens, 39% dos inquiridos utilizam um sistema específico de requisição de viagens, relatório online ou via correio eletrónico (28%), consulta de faturas (37%), através da política de viagens (23%).

Sobre as tendências de política de viagens e compliance, 63% das empresas admitem fazer reservas antecipadas, muito utilizadas, sobretudo, para reduzir custos, a solução fare tracking (17%) e a solução fare-tracking (14%). Enquanto que, 4% admitem utilizar as soluções gamification e as plataformas online de feedback, menos convencionais.

Fica também claro com o estudo que, 70% dos inquiridos continuam a valorizar o serviço de apoio 24 horas para assegurar assistência e segurança durante a viagem. Para localizar e comunicar com o viajante, 25% das empresas recorrem a plataformas de localização em tempo real. Uma das novidades a assinalar é a preocupação das empresas em assegurarem ao viajante soluções de lazer no destino (17%) e serviços vip (10%).

Relativamente à adoção de ferramentas mobile, 65% dos inquiridos utilizam-nas para fazer checkin, 35% para receber alertas de segurança, 34% para gerir e consultar itinerários, 30% para efetuar reservas ou alterações de última hora e 21% para controlar as despesas.

Sobre as tendências das viagens e apesar de ser apenas um manifestar de intenções, cerca de 49% das empresas equacionam a hipótese de a X Planes vir a ter bastante impato nas deslocações num horizonte de 10 anos, seguida da Space X (48%), a Hyperloop (46%), a Maglev (45%) e a realidade virtual (41%).

Os resultados mostram ainda que a generalidade das empresas (49%) concorda que a comunicação com o gestor de viagens não irá ser alterada. Apenas 31% admitem que a comunicação irá passar a ser realizada via realidade virtual ou através de contato com inteligência artificial.

Outra das conclusões destacadas pelo inquérito demonstra que 60% das empresas sediadas em Portugal pretendem aumentar o seu investimento em viagens durante 2017, mais 52% face ao ano passado. E, são muitos mais as empresas (42%) que demonstram estar, globalmente, mais confiantes na economia portuguesa (4 numa escala de 1 a 6).

Com uma subida de quatro pontos percentuais face a 2016, a Europa (51%) é o continente no qual as empresas portugueses pretendem apostar mais durante 2017, seguido do continente africano (51%). Durante a apresentação à imprensa, Frédéric Frère, CEO da Travelstore, fez questão de sublinhar o crescimento de países angolanos, tais como Uganda, África do Sul, Nigéria, Argélia ou Etiópia.

Já na Oceânia nenhuma das empresas manifesta interesse. Enquanto que, 21% consideram investir na Ásia. Por sua vez, na América do Norte apenas 14% consideram vir a investir, à semelhança da América do Sul (18%). O que ficou por perguntar foi por que razão.

Realizado com o apoio da Global Business Travel, o estudo dá pistas sobre as políticas de viagens empresariais operadas em Portugal, as tendências no mundo das viagens de negócio e do impato das novas ferramentas tecnológicas para 2017. Estes dados foram recolhidos entre setembro e dezembro de 2016, junto de uma amostra de 276 inquiridos de diferentes setores.