EUA e Canadá são a grande aposta dos Açores para diversificar mercados

Desde sempre que os Açores estiveram muito dependentes do continente europeu. “Quase 50% dos turistas são mesmo portugueses”, diz Marta Guerreiro, secretária regional da Energia, Ambiente e Turismo, à margem das comemorações do Dia Mundial do Turismo, acrescentando que países como Alemanha e Espanha também têm um “peso muito grande” na região. O objetivo “não é diminuir os investimentos nesses países nem o número de turistas. O que queremos é mesmo diversificar mercados”. Com uma localização geográfica “estratégica”, Marta Guerreiro não tem dúvidas de que o arquipélago “está numa posição muito favorável para explorar o continente americano”, nomeadamente os Estados Unidos da América (EUA) e o Canadá. Estes dois mercados têm sido uma “grande aposta” no que toca a investimentos feitos pelo governo e onde têm obtido resultados “muito significativos”. Os EUA, neste momento, já “rivalizam” com o mercado alemão no que toca às dormidas. Para a secretária regional, estes mercados são “naturais” devido à localização. “Temos muito para oferecer a este tipo de turistas” que vive de uma forma mais intensa e que “procura um refúgio europeu mais próximo”, afirma.

“Mercado da aviação aérea está em convulsão”

Questionada sobre o “impacto” da Thomas Cook, a responsável afirma que “não temos reflexos de forma direta”, uma vez que “não temos voos a operar pela companhia aérea”. No entanto, alerta para a necessidade de “termos consciência” de que o “mercado da aviação aérea está em convulsão”, sabendo que está tudo a ser questionado. “Portanto, é natural que os destinos turísticos se possam ressentir com estas situações”. Neste sentido, o grande enfoque é “continuar a trabalhar ao nível da qualificação do destino”, garantindo que em épocas de “turbulência consigamos comunicar para o segmento estável” que procura os Açores

Sobre a SATA Air Açores, Marta Guerreiro é perentória: “será sempre um parceiro estratégico da região” no que diz respeito ao “desenvolvimento turístico” e a “par das acessibilidades”, quer ao continente americano quer ao europeu. Quanto ao passado, não restam dúvidas para a secretária regional que a SATA teve “um papel importante no desenvolvimento turístico” e “contamos naturalmente com esta colaboração”.