Segundo a Eurocontrol, fatores como as restrições de viagens, o medo do contágio e a recessão económica provocada pela pandemia pesam muito sobre a indústria da aviação. O diretor geral da Eurocontro, Eamonn Brennan, afirma que “o tráfego aéro mostrou um desvio dramático em setembro face ao cenário previsto em abril”.
Concretamente, o mês de setembro termina com uma queda homóloga de 54%, mais 14 pontos percentuais do que a redução de 40% prevista no relatório publicado em abril. E o que é ainda mais preocupante é que não há indícios de que o comportamento da procura vá melhorar no final de 2020, nem no arranque de 2021.
A Eurocontrol prevê quebras de 57%, 58% e 54% nos últimos três meses do ano, face às descidas de entre 30% e 20% previstas anteriormente. Em janeiro, o tráfego irá reduzir-se 60% face a igual período do ano anterior, e em fevereiro diminuirá 50%.
O organismo, que atribui a responsabilidade desta situação às políticas descoordenadas dos países, estima que a indústria da aviação perca um valor aproximado de 140.000 milhões de euros durante 2020. No relatório de abril estimava uma perda global de 110.000 milhões.