European Golf Business Conference em Cascais apresentou as mais recentes inovações do setor do Golfe

A European Golf Business Conference que se realizou em Cascais, de 3 a 5 de fevereiro, no Hotel Palácio Estoril, juntou cerca de 150 dos profissionais mais influentes do golfe a nível internacional e reuniu diversas startups que apresentaram as mais recentes inovações no sector do golfe.

A edição de 2020, em Cascais, teve como grande foco a “Tecnologia & Inovação”. As melhores inovações e soluções tecnológicas na área do golfe e a forma como estas podem beneficiar o sector foram apresentadas e discutidas durante a conferência. Entre as diversas start ups presentes estava a portuguesa Turflynx de Marco Barbosa que apresentou as suas máquinas de corte de relva elétricas e totalmente totalmente autónomas. Além das apresentações das start ups foi possível assistir a palestras de alguns dos maiores especialistas internacionais da gestão de campos e empresas de golfe de todo o mundo que identificaram os principais desafios futuros e apresentaram as mais recentes tendências do setor e do mercado do golfe.

Outra apresentação em destaque foi a da Golf Course Association – Finland com o projeto “Carbon Neutral Golf Course” onde expôs as suas ideias e iniciativas para a redução da pegada carbónica e do impacto do sector do golfe no ambiente. A indústria do golfe tem adotado as melhores práticas no desenho/arquitetura, construção, exploração e manutenção dos respetivos campos de golfe. O objetivo deste projeto é, num futuro próximo, que os campos de golfe se tornem em “carbon positive areas“.

A conferência tem residência itinerante e, em 14 anos, esta foi a segunda vez que Portugal recebeu o evento.

Na opinião unânime dos participantes, esta foi a melhor conferência organizada até à data, e que o Hotel Palácio foi a melhor localização possível para a sua realização. Para tal contribui também os dias de sol, as temperaturas amenas e primaveris que os participantes desfrutaram e as experiências gastronómicas que lhes foram proporcionadas. Por outro lado consideraram também que foi de extrema importância para trazer uma nova energia, pela qualidade das apresentações, novas ideias e novas perspetivas para o desenvolvimento do negócio do golfe na Europa.

A conferência foi organizada pela GCAE – Golf Course Association Europe em parceria com o CNIG (Conselho Nacional da Indústria do Golfe) e com o apoio do Turismo de Cascais.

Duarte Nobre Guedes, presidente do Turismo de Cascais, comenta: “À semelhança do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em Cascais nos mais diversos sectores, a conferência foi um palco privilegiado de manifestação da inovação na indústria do golfe.”

Durante as suas intervenções Luis Correia da Silva, presidente do CNIG relembrou que “o golfe, enquanto modalidade, mas também enquanto atividade económica e turística, enfrenta grandes desafios em termos de futuro”, nomeadamente:

– O desafio da “inovação e mesmo da reinvenção do jogo”, de forma a torná-lo mais acessível, mais atrativo e mais compatível com as exigências atuais e futuras da vida escolar, familiar, profissional e social;

– O desafio de tornar a atividade/indústria do golfe ainda mais sustentável, em termos económicos, sociais e ambientais, tendo especialmente em consideração o impacto dos fenómenos atribuídos às alterações climáticas.

O golfe é uma modalidade desportiva muito competitiva e é a única que pode ser jogada independentemente do nível de jogo de cada praticante. A sua prática é saudável e deveria ser recomendada a todos independentemente do género ou idade. Implica treino, esforço físico, concentração, estratégia, desafio, decisão. E o usufruto de uma volta de golfe não pode ser mais compensador, pois é obtido caminhando ao ar livre, partilhando companhia com outros jogadores, em localizações de grande beleza paisagística e ambiental.

Por outro lado relembrou e salientou que “a exploração e manutenção, dos campos de golfe tem sempre custos fixos muito elevados, independentemente do número de jogadores praticantes e das condições climatéricas que prevalecem ao longo dos anos”.

“Por isso é que o CNIG insiste e se tem batido pela redução da taxa do IVA do golfe de 23 para 6%, como forma de potenciar a capacidade competitiva das empresas e dos destinos de golfe em Portugal face aos concorrentes internacionais e como medida fundamental para incentivar e estimular o investimento na renovação das infraestruturas e equipamentos de manutenção do golfe, tornando-os mais eficientes, tanto em termos técnicos ou económicos, como na respetiva performance ambiental.”