Eurostat faz retrato do mercado de trabalho do turismo na UE em 2020

O ecossistema do turismo na União Europeia foi fortemente atingido pela pandemia nos últimos dois anos mas o setor é tradicionalmente um player importante no mercado de trabalho, oferecendo oportunidades a uma mão-de-obra diversificada, revela um estudo do Eurostat.

Em 2020, o setor do turismo (abrangendo aqui alojamento, aviação, operadores turísticos e agências de viagens) empregava mais mulheres do que homens (58% de trabalhadores do sexo feminino). Por outro lado, havia menos mulheres do que homens em todas as atividades económicas (46%).

O setor também empregava uma percentagem mais elevada de trabalhadores com baixa escolaridade (18% comparado com 17% dos trabalhadores em todas as atividades económicas), estrangeiros (13% face a 8%) e jovens (9% face a 7%). O ano pré-pandémico assistiu a percentagens relativas mais elevadas dos dois últimos grupos (15% e 11%, comparado com 8% e 8% dos trabalhadores em todas as atividades económicas em 2019, respetivamente). A diminuição de 2019 para 2020 deverá dever-se sobretudo às limitações da movimentação entre países para potenciais novos trabalhadores estrangeiros, e a uma transição mais difícil da escola para o mercado de trabalho estando a atividade do turismo na sua maioria parada.

O mercado de trabalho turístico caracteriza-se por percentagens relativamente elevadas de trabalhadores em part-time (23% comparado com 19% de todas as atividades económicas), contratos temporários (18% face a 14%) e uma média de antiguidade mais curta (29% dos trabalhadores têm o atual emprego há menos de dois anos comparado com 23%).