Eurostat revela indicadores de transporte aéreo

A Covid-19 teve um impacto enorme no transporte aéreo, sobretudo a nível internacional. Os aeroportos que tinham uma percentagem relativamente grande de transporte doméstico foram, de algum modo, menos impactados do que aqueles que estavam mais dependentes dos voos internacionais. Isso mesmo indica o Eurostat, que divulga hoje a edição de 2022 dos dados estatísticos sobre o transporte na Europa.

Em 2021, o número de passageiros aumentou face a 2020 mas continuou bem abaixo dos níveis pré-pandémicos. Consequentemente, a lista dos 10 principais aeroportos em 2021 mudou relativamente a 2019. O Top 5 manteve os mesmos e na mesma ordem mas os cinco seguintes foram muito diferentes. Os aeroportos em Palma de Maiorca, Atenas e Lisboa encontravam-se no Top 10 em 2021 mas não em 2019. Ao contrário, os aeroportos de Roma, Dublin e Viena saíram dos 10 primeiros entre 2019 e 2021.

O número de passageiros aéreos transportados em voos de e para cada Estado Membro da UE podem comparar-se com a população residente para uma noção da intensidade de passageiros aéreos. Vários Estados Membros do sul que são grandes destinos turísticos tiveram um rácio elevado de passageiros aéreos por habitantes em 2021, especialmente em ilhas como Chipre (5,2 por habitante) e Malta (4,9 por habitante). O Luxemburgo (3,2 por habitante) também teve um rácio elevado, refletindo uma procura alta de transporte aéreo por parte de viajantes corporativos. Os sete rácios mais baixos foram registados em Estados Membros do leste da Europa; juntamente com estes sete, a Finlândia foi o único outro Estado Membro com um rácio abaixo da média da UE (0,8 por habitante).

O resto da Europa foi a principal origem ou destino dos passageiros que viajaram de e para a UE de avião em 2021: 53,5% do total extra-UE para voos para/de países europeus além das repúblicas europeias da antiga União Soviética. Seguem-se a América do Norte com 9,4%, Norte de África com 9%, Ásia Ocidental com 8,2% e repúblicas europeias da antiga União Soviética com 6,9%. As percentagens mais baixas foram de 0,1% para Ásia Central e Oceania e as regiões do polo sul.

O transporte aéreo de passageiros de/para países fora da UE aumentou 18,3% em 2021, recuperando uma parte das quebras (menos 76,2%) registadas em 2020. O transporte aéreo de passageiros continuou em queda em 2021 nos mercados do Sudeste Asiático, Ásia Oriental, África do Sul, Ásia do Sul e América do Sul. Para todos os outros mercados, os números de passageiros aéreos em 2021 foram mais altos do que em 2020. As maiores subidas em termos relativos referiram-se a transporte de e para a América Central e Caraíbas, bem como África Ocidental, que aumentaram mais de 50%.