Expedia: Destinos de longo curso regressam e procura de hotéis e voos permanece forte no 2º trimestre

O Grupo Expedia Media Solutions divulgou recentemente o seu relatório trimestral relativo ao período de abril a junho que aponta para o regresso das viagens de longo curso e internacionais, tarifas de hotel diárias médias mais elevadas e preços de bilhetes mais altos no segundo trimestre.

Após um aumento de 25% nas pesquisas entre o último trimestre de 2021 e o primeiro de 2022, os volumes de pesquisa mantiveram-se estáveis no segundo trimestre de 2022, indicando um interesse e entusiasmo sustentados para viajar, indica a Expedia. A Ásia Pacífico (APAC) assistiu a um forte crescimento de dois dígitos entre o primeiro e o segundo trimestres (+30%), seguindo-se a Europa, Médio Oriente e África (EMEA) com 10%.

O volume de pesquisas em termos semanais flutuou ao longo do segundo trimestre, com fortes subidas na semana de 6 de junho. As pesquisas semanais aumentaram globalmente 10% após o anúncio, a 10 de junho, de que os EUA já não iriram exigir testagem Covid aos viajantes internacionais.

As férias intercalares e um desejo palpável de viajar, juntamente com as preocupações económicos e pandémicas e a instabilidade regional, contribuiram para o crescimento em janelas de pesquisa mais curtas no primeiro trimestre. A percentagem de pesquisas globais na janela de 0 a 90 dias aumentou mais de 5% em termos trimestrais, com a janela de 61 a 90 dias a ter o maior crescimento trimestral de 15%.

No segundo trimestre, a mairia das pesquisas globais domésticas sitou-se na janela de 0 a 30 dias, enquanto que a percentagem de pesquisas no período de 91 a mais de 180 dias diminuiu em termos trimestrais. O constante alívio das restrições às viagens e de requisitos e testagem contribuiu para uma subida de dois dígitos nas pesquisas internacionais globalmente na janela de 0 a 90 dias, com o maior crescimento na janela de 61 a 90 dias. Isto indica, segundo a Expedia, que mesmo apesar de os viajantes terem começado a planear a curto prazo, ainda consideram viagens internacionais. Os destinos e as marcas de viagens devem pois certificar-se de que os turistas internacionais fazem parte da sua estratégia.

O retorno dos destinos de longo curso

Tal como com os trimestres anteriores, os principais destinos urbanos e de praia a nível mundial permaneceram populares junto dos viajantes no segundo trimestre, mas Londres e Paris destacaram-se. No TOP 10 global dos destinos mais reservados neste período, Londres surge no 3º lugar, e está na 1ª posição no destino mais reservado pelos turistas da APAC e EMEA, surgindo nas listas do TOP 10 para viajantes da América Latina e América do Norte.

O segundo trimestre também assistiu a um aumento significativo da procura de voos de longo curso – com a duração 4+ horas. Houve um aumento superior a 50% na procura dos viajantes face ao trimestre anterior. O segundo trimestre assistiu a um aumento de mais de 100% em termos anuais na procura de voos dos EUA para a Europa.

Procura forte apesar da subida dos custos

O segundo trimestre prosseguiu com a dinâmica de crescimento do primeiro, com as reservas de alojamento mais altas da história do Grupo Expedia. Numa comparação com o ano anterior, as reservas totais subiram dois dígitos. A procura de alojamento aumentou a nível trimestral entre abril e junho, com a região da APAC a liderar. As tarifas diárias médias no segundo trimestre subiram e ainda mais quando comparadas com o segundo trimestre de 2019, enquanto que as taxas de cancelamento diminuíram em dois dígitos face a igual período de 2019.

Uma procura forte, o aumento dos custos de combustível e uma subida nas reservas de voos de maior distânia levaram a um aumento trimestral no preço médio global durante o segundo trimestre. Comparado com o segundo trimestre de 2019, o preço médio global dos bilhetes subiu dois dígitos no segundo trimestre de 2022, liderado pela EMEA e APAC.

De acordo com o relatório da Expedia, 92% dos consumidores considera que é importante que as empresas de viagens vão de encontro às necessidades de acessibilidade de todos os viajantes, mas apenas metade dos consumidores afirmam ter visto opções que sejam acessíveis quando pesquisa e reservam uma viagem.