“Falar de 2016 é falar do passado e eu prefiro olhar para o futuro”

São cinco os temas estratégicos da agenda da Confederação do Turismo Português para 2017. Francisco Calheiros, presidente da Confederação, que esteve presente na sessão de encerramento do 42º Nacional da APAVT, preferiu deixar os balanços positivos atingidos em 2016 pela atividade turística nacional e olhar para os desafios que encerram o próximo ano, na sua intervenção. Sendo assim o responsável destacou os cinco temas estratégicos da agenda da CTP, entre eles: promoção, custos de contexto, reforma de Estado, legislação laboral e aeroporto.

Relativamente à promoção, o orador reafirma a necessidade de uma aliança estreita e contínua entre o setor público e o setor privado. Os custos de contexto, por seu lado, levam a uma exigência de um compromisso por parte do Governo, por forma a consolidar e a aumentar os resultados turísticos verificado nos anos anteriores.

Para Francisco Calheiros, esse compromisso passa necessariamente, e também, pela legislação laboral e por uma não regressão de matérias consideradas imprescindíveis para o Turismo. Ou seja, “temos de ter uma legislação laboral que tenha em conta que a maioria dos ramos das atividades do Turismo são condicionados pela sazonalidade, particularmente em determinadas regiões, pelos imprevisíveis picos de negócio que apenas se registam em alguns períodos do ano, pela laboração contínua, durante 365 dias por ano e por uma grande flexibilidade de ajuste às novas tendências que a procura dita”.
Sendo assim, afirma o responsável, “uma regressão ao nível dos regimes da contratação a termo e do banco de horas não ajuda as empresas do Turismo a crescer”.

Decisão relativamente ao aeroporto de Lisboa derrapa para 2017
O presidente da Confederação do Turismo Português (CTP), Francisco Calheiros, indicou ainda que foi confirmada à CTP pelo Governo que uma decisão sobre a ampliação de capacidade aeroportuária de Lisboa só será tomada no próximo ano. No entanto, o responsável considera que já se perderam turistas em 2016 pela atual realidade do aeroporto de Lisboa. “Este ano e até setembro, os fluxos nos aeroportos portugueses registaram mais de 16 milhões de turistas. Quantos mais não teriam desembarcado se tivéssemos maior capacidade e mais e melhores infraestruturas para receber novos voos?”, questionou o orador. Sendo assim, o responsável considera que “não podemos exigir mais turistas e não termos as condições de infraestruturas, em primeiro lugar, para os acolher e, em segundo lugar, para permitir o seu fluxo interno no destino e na sua redistribuição inter-regiões”.