Fernando Medina disponível para voltar ao projeto de novo centro de congressos de Lisboa

A Câmara Municipal de Lisboa mostra-se disponível para voltar ao projeto de criação de um novo centro de congressos para Lisboa. Isso mesmo afirmou Fernando Medina, presidente da autarquia, convidado de  mais um almoço-debate promovido pela Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) no passado dia 9 de junho, em Lisboa. O autarca lançou o desafio de, nos próximos meses, “pensarmos estrategicamente para tornar Lisboa um produto e um destino de atração de congressos”, mostrando-se disponível para tornar esta uma “realidade a breve prazo”. 

No debate Fernando Medina explicou que em 2016, a Câmara Municipal de Lisboa decidiu avançar com um Fundo de Desenvolvimento Turístico, criado através de receitas geradas pela Taxa Turística, que visa financiar a renovação e a criação de novos pontos turísticos.

Raul Martins

Para Raul Martins, presidente da AHP, sem esta “parceria sólida e continuada” entre os hoteleiros e as autarquias que gerem a cidade, não se fazia uma “cidade atrativa para o turista”, como também “não se faz uma cidade sem retorno para o investimento em turismo”.

Desde então, para o presidente da AHP, a “Câmara já encaixou mais de 31 milhões de euros provenientes da taxa” e “parte muito substancial está alocada em diversos projetos, como valorização e recuperação do Palácio da Ajuda, do Museu Judaico a requalificação do Museu do Azulejo ou o Centro Interpretativo da Ponte de 25 de abril que já se encontra disponível”.

Estão previstas mais aberturas de hotéis na capital

Para a AHP, o ano 2018 será um novo ano de crescimento para a cidade de Lisboa, prevendo-se a abertura de 25 novos hotéis, das 61 unidades hoteleiras previstas.

Neste sentido, Raul Martins lança um desafio que consiste num “programa de promoção que prolongue a estadia na região de Lisboa”, alertando para a situação do aeroporto Humberto Delgado que neste momento encontra-se “sobrelotado”, não tendo capacidade “para receber mais turistas”. Em 2018, “está previsto um aumento de oferta de 10% e a ANA Aeroportos não conseguirá trazer mais do que 6% dos turistas”, refere o presidente da AHP.

Por seu turno, para o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, “não há turistas a mais, poderemos é ter infraestruturas a menos”. O país “não pode desperdiçar o que é hoje um motor de emprego e de investimento”, considerando que as obras do novo aeroporto são “urgentes”, “essenciais” e “críticas”. O autarca afirma que o trabalho desenvolvido entre o governo com a ANA Aeroportos está em “marcha” e hoje, “temos boas razões para estarmos mais otimistas sobre o desenvolvimento deste processo”.

Alojamento Local

Relativamente a questão do alojamento local, Raul Martins afirma que desde 2016 que a AHP “apela para a necessidade de regular o alojamento local de forma a obter a autenticidade na cidade e não criar situações de conflito entre os turistas e os residentes locais”. Este é um tema que, atualmente, está em discussão no parlamento e o presidente da Câmara de Lisboa conclui que as decisões sobre o alojamento local, “ficam na alçada dos municípios” com quotas definidas consoante a zona.