Fernando Medina: É preciso manter o “músculo” do setor do turismo

O presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, defendeu na V Cimeira do Turismo Português que este “não é o momento de abrandar” mas, pelo contrário, é preciso manter o “músculo” do setor turístico a funcionar pois continua a ser um “motor de crescimento económico”. Além disso, há saída da pandemia e Portugal e Lisboa poderão ter uma posição reforçada no panorama do Turismo mundial. 

O autarca considera que pós-Covid continuaremos a ter no turismo um “pilar essencial” uma vez que “não está afastada nenhuma das razões que fizeram do setor o grande motor do crescimento económico no estrangeiro e em Portugal na última década”. Para si o Turismo recuperará esse seu papel e é sua convicção até que Lisboa e o país, enquanto destinos turísticos, possam sair “reforçados” da pandemia: “Devemos ter a ambição de ter uma posição reforçada”, sublinha.

Fernando Medina afirma que “esta é uma Cimeira que nos obriga a fazer pensar não só no dia de amanhã, no dia depois de amanhã, mas naquilo que precisamos de fazer para que, daqui a seis meses ou um ano, possamos ter a realidade que ambicionamos”. Assim, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa avança três “tarefas fundamentais” para esse fim.

Primeiro, o controlo da pandemia, que está intimamente ligado à situação económica do país. O autarca atenta que “não é o momento de abrandar” mas antes de “atenção e criatividade em descobrir o que podemos fazer para evitarmos um cenário de fechamento”, e deixa o alerta de que “uma abordagem de coesão cooperativa na gestão da pandemia tem mostrado ser a melhor resposta”.

Em segundo lugar, é preciso manter o “músculo” do setor do turismo, através do apoio às empresas e instituições, dado que “a nossa capacidade de recuperação” depende disso. Fernando Medina admite que “há limites na capacidade de uma atividade económica gerar dívida” mas assegura que “Lisboa fará o seu papel” com programas de apoio à procura do comércio e restauração.

Por fim, importa “mobilizar recursos” e “adaptar instrumentos” concretizados anteriormente, como o caso da taxa turística e do fundo de desenvolvimento turístico a ela associado. As receitas geradas serão sempre “reinvestidas na sustentabilidade do turismo”. O presidente da Câmara conclui: “Nós construímos em conjunto o sucesso da cidade de Lisboa até à pandemia. Nós vamos, em conjunto, passar este período difícil que estamos a viver e estou certo de que, em conjunto, vamos reconstruir o destino da cidade de Lisboa para que ele volte a ser motor de criação de emprego, riqueza e bem-estar.”