FITUR está de regresso com novidades

A Feira Internacional de Turismo (FITUR), organizada pela IFEMA (Instituições de Feiras), está de regresso para a 39.ª edição e, como habitual, vai decorrer na Feira de Madrid de 23 a 27 de janeiro.

A FITUR reúne, durante quatro dias, profissionais de turismo de todo o mundo, sendo esta a principal feira de mercados recetivos e emissores da América Latina. Foi a diretora da FITUR, Ana Larrañaga, que desvendeu à Ambitur.pt algumas das novidades sobre esta edição.
Reconhecida como uma “plataforma de aceleração para as tendências da indústria do turismo”, Ana Larrañaga sublinha que, em janeiro, “os profissionais do turismo estão focados na FITUR”. Para a responsável, todo o “conteúdo inspirador” transmitido na feira “serve para detetar tendências e novas oportunidades”. Por isso, “estabelecem-se muitas das diretrizes de trabalho que serão desenvolvidas ao longo do ano”.

Ana Larrañaga

Para esta edição, a diretora da FITUR está bastante confiante: “Vamos superar os 251 mil participantes de todo o mundo”, significando um “aumento de 2,5% em relação ao ano de 2017”. Além disso, são ainda esperadas “mais de 6 800 reuniões de negócios”, um número registado em 2018. Tendo em conta estas previsões, a responsável revela que, para esta edição, foi ampliada a área de exposições. “Acrescentamos o Hall 2 da Feira de Madrid, destinada à oferta dos Destinos do Médio Oriente”, permitindo “dedicar o pavilhão 4 para a Europa”, explica. O restante das áreas vai manter-se como o habitual: “América no Pavilhão 3; África e Ásia-Pacífico no pavilhão 6; Empresa, Tecnologia e Empreendimento Global no Hall 8; Empresa e Associações no Hall 10; e Entidades e Órgãos Oficiais Espanhóis nos Salões 5, 7 e 9”, explica.

Para a 39ª edição da FITUR, Ana Larrañaga revela ainda que será lançado o Observatório FiturNext, uma “plataforma aberta à comunidade internacional de turismo”. Segundo a responsável, esta iniciativa “servirá de catalisador para projetos e iniciativas de turismo que visam o futuro de diferentes partes do mundo”. Ao longo de três anos, o FiturNext irá “concentrar-se em identificar as tendências do turismo”, assim como “as melhores práticas que geram impacto positivo em todas as áreas”. Em 2021, serão apresentadas “apresentar as principais conclusões e diretrizes consesuais”.

No que toca à oferta para esta edição, a “secção monográfica FITUR CINE / SCREEN TURISMO será uma novidade”, diz a responsável. Em formato vertical, vai mostrar o “potencial deste fenómeno turístico que nasce do interesse em conhecer os locais de filmes, vídeos e séries de sucesso”. Esta novidade vai permitir “abrir novas oportunidades para diversificar a oferta turística e promover a dessazonalização”. Na secção B2B, estará o FITUR MITM – MICE & BUSINESS, “focado em reuniões, incentivos, congressos e eventos turísticos (MICE)”.

A FITUR 2019 vai continuar a “reforçar algumas das secções recém-lançadas” como o FITUR FESTIVALES. Terá também espaços de grande desenvolvimento e volume de negócios como o “FITUR GAY (LGBT) e FITUR SALUD”, assim como as secções “FITURTECHY e FITUR KNOW HOW”, onde a tecnologia apresenta-se como ferramenta essencial para o crescimento do setor e o avanço em direção ao conceito de “turismo inteligente”, acrescenta.
Ainda no âmbito da FITUR, haverá outras atividades decorrer e que são organizadas por entidades internacionais como a Organização Mundial do Turismo (OMC) ou a Conferência Ibero-Americana de Ministros e Empresários de Turismo (CIMET).

Portugal representado na FITUR 2019

Ainda sem os dados definidos para 2019, a diretora da FITUR prevê “um aumento em relação a 2018, ano em que contamos com a participação de 172 empresas portuguesas, um aumento de 30,3% face a 2017”.

Para Ana Larrañaga, Espanha “é um importante mercado emissor para o turismo em Portugal” e a FITUR representa uma grande oportunidade para as empresas “quando se trata de estabelecer desenvolvimentos, alianças e negócios que aumentem o fluxo de turistas para Portugal”. “Além da proximidade” geográfica e de estarem no mercado europeu, os dois países ibéricos unem-se “ao mercado latino-americano, onde Portugal tem muitos negócios no Brasil”, conclui.