#Formação: “Qualificação dos profissionais” será determinante na capacidade das empresas ultrapassarem a crise atual

As ferramentas digitais estão na ordem do dia e foram muitos os docentes chamados a recorrer ao digital para conseguirem dar continuidade às atividades letivas em curso. 

Em exclusivo à Ambitur.pt, o presidente da Escola Superior de Hotelaria e Turismo (ESHT) do Politécnico do Porto, Flávio Ferreira, afirma que o atual momento apela para que o ensino superior saiba “analisar o mundo” e “adotar os mecanismos mais adequados”, dotando os estudantes das “competências necessárias” para que saibam “responder aos desafios das empresas e do país em geral”. O ensino superior  tem o “dever” de se adaptar “continuamente às necessidades do mercado para qual está a preparar os estudantes”, reforça este docente. 

A utilização de ferramentas digitais tem sido uma constante nos últimos anos: “Têm-se revelado muito úteis em diferentes contextos”, afirma Flávio Ferreira, evidenciando que, no atual estado de emergência, o digital voltou a ser utilizado pelos docentes com registos de adesão muito positivos por parte dos alunos. “É de crer que mais docentes e em mais situações recorrerão ao digital como um recurso de grande apoio às suas atividades”, afirma.

A digitalização é vista por Flávio Ferreira como um “recurso ao dispor dos profissionais” no sentido de apoiar as suas atividades. Contudo,  importa “ponderar bem a sua utilização”, de forma a “maximizar os efeitos positivos” e “minimizar os negativos”, atenta. 

Marcado pela incerteza está o comportamento da sociedade no pós-crise. No entanto, o docente frisa que “o ensino superior procura incutir nos estudante competências de adaptação a novas exigências com que se deparam ao longo da vida”, acreditando que a qualificação dos profissionais será “determinante na capacidade das empresas ultrapassarem positivamente a crise atual”.

Face às dificuldades que se têm vindo a assistir em conciliar a atividade profissional com a formação, o docente considera que o momento atual “pode e deve ser aproveitado” pelos profissionais do setor “para melhorarem as suas qualificações”. Para Flávio Ferreira, a formação técnica e específica é “sempre importante” e “deve ser considerada na hora da escolha”. Mas a  formação ao nível de competências transversais é fundamental, revelando-se como sendo a “mais útil” para ajudar a superar “algumas dificuldades em momentos de instabilidade de emprego”, finaliza.