A RAVT reuniu, no Grande Hotel do Luso, este sábado, dia 4 de maio, cerca de 150 participantes, dos quais 80 agentes de viagens da rede, na sua XIV Convenção Nacional. Maria José Silva, CEO da RAVT, sublinha que este é um “ano de comemoração” que “estreitou laços e reforçou a fidelização dos clientes atuais da rede”, sendo que mais de 50% está na rede entre 10 a 14 anos, e acima de 75% há mais de oito anos. Este é também o ano de “comemoração dos meus 30 anos de carreira profissional sempre ligada ao Turismo em várias áreas e subsetores”, frisa a responsável.
Em debate estiveram os movimentos da RAVT, a produção e os objetivos atingidos em 2018, uma análise da implementação das novas leis, entre outros assuntos internos. Procedeu-se igualmente à entrega dos habituais prémios a fornecedores, agências e profissionais.
Em 2018, a RAVT registou um decréscimo de cerca de 2% no número de balcões “devido a problemas pessoas que acabaram por influenciar de forma inesperada os clientes”, justifica Maria José Silva. Mas adianta que as vendas globais da rede aumentaram 2%, sendo que “acima de 5% nas agências de viagens que se mantêm”. A produção da RAVT situa-se um pouco acima dos 60 milhões de euros. A rede dá ainda conta de que o valor médio das viagens subiu, bem como o número de passageiros que viajaram e a rentabilidade, “o que torna o ano razoavelmente positivo”.
Maria José Silva faz questão de lembrar alguns dos problemas que se verificaram ao longo do ano passado, e que se prendeream com atrasos e alterações de voos, irregularidades e “caos” nos aeroportos e com o SEF, “mais medo dos clientes devido a atentados”, a que se juntaram questões como as habituais greves, falências de low-costs, problemas climáticos como furacões e inundações.”Foi um ano repleto de constantes adaptações a cada mês derivados de novos procedimentos e leis várias e de todo o tipo, maiores riscos para as agências de viagens, sargaço nas praias, entre vária soutras situações que acabaram por criar mais um ano de stress”, sublinha a CEO da RAVT. Mas adianta que 2019 foi também um ano com “mais dedicação, mais motivação devido a maior procura, procura essa muito mais antecipada, e registos de valores médios de viagem superiores, bem como produtos com maiores rentabilidades”.
No que se refere aos destinos mais vendidos, a RAVT salienta os produtos de Sol e Praia, cujo principal destino foram as Caraíbas, Cabo Verde, Algarve, Ilhas Espanholas e Sul de Espanha. Nos city breaks na Europa, registou um forte incremento na hotelaria e algum aumento das low-cost. Os cruzeiros e os circuitos europeus estão na terceira e quarta posições, respetivamente, no ranking dos produtos mais vendidos e, por último, as Longas Viagens, Luas-de-mel, Tailândia, São Tomé e Dubai, bem como os Parques Temáticos. Maria José Silva destaca ainda que se registaram mais viagens de longo curso, “viagens mais longas com mais noites, destinos mais exóticos, mais passageiros, um aumento de alojamento em categorias superiores”, o que originou uma maior rentabilidade.
Por sua vez os operadores turísticos que mais contribuíram para as vendas de destinos e produtos foram a Soltour, Solférias, Veturis, Nortravel, Ávoris, Soltropico, Marsol, Teldar, Tour 10, MSC, W2MPRO, Viajartours.
Para 2019, a RAVT prevê um “ano semelhante ao anterior, talvez um crescimento menor como indicam todos os parâmetros de economia internacional, embora com um estabilizar de formas de trabalhar e agir após um segundo ano de novas leis”, explica Maria José Silva. A responsável esclarece que também prevê um desacelerar dos valores de produção, maiores irregularidades e atrasos, nomeadamente na aviação e aeroportos, alguma instabilidade política e as habituais greves.