Com a saída do Reino Unido da UE, um estudo da ForwardKeys, que analisa a capacidade aérea global, as pesquisas de voos e mais de 17 milhões de transações de reservas de voos por dia, revela que desde a decisão do referendo do Reino Unido de 23 de junho de 2016 de sair da UE, o crescimento nas viagens para a UE abrandou e o crescimento de viagens para outras partes do mundo disparou. Verificou-se uma tendência recíproca na direção oposta entre os viajantes da UE, sendo que o crescimento das viagens para o Reino Unido abrandou desde o Brexit e o crescimento das viagens para outras partes do mundo aumentou.
Olhando para o crescimento das viagens britânicas para destinos da UE, tem vindo a diminuir gradualmente desde a decisão do Reino Unido de abandonar a UE. Desde então e até ao final do ano, as viagens para a UE a partir do Reino Unido subiram 11%. Em 2017, as viagens para a UE subiram 7,7%; em 2018, aumentaram 0,6% e em 2019 caíram 1,2%. Do lado oposto, as viagens para destinos fora da UE cresceram 3% na última parte de 2016, 3,2% em 2017, 5% em 2018 e 0,1% em 2019.
Uma análise das viagens a partir da da UE revela que o Reino Unido diminuiu na sua popularidade relativa, enquanto que as viagens para o resto do mundo cresceram mais fortemente do que as viagens para o Reino Unido desde 2017. Nos meses imediatamente após o referendo do Brexit até finais de 2016, as viagens da UE para o Reino Unido aumentaram 6% e para o resto mundo 0,2%. Em 2017, as viagens da UE para o Reino Unido subiram 6,6% e para o resto do mundo 4,6%. Em 2018, as viagens da UE para o Reino Unido desceram 1,2% e cresceram 8,9% para o resto do mundo, e em 2019 as viagens para o Reino Unido subiram 2,4% mas cresceram 4,8% para o resto do mundo.
Olivier Ponti, da ForwardKeys, comenta: “Embora isto pareça uma história da UE e do Reino Unido começarem a percorrer os seus caminhos separados pós-Brexit, com os turistas do Reino Unido e da UE mais desejosos de viajar para outros destinos do que visitas mútuas, suspeito que existem outras tendências cruciais em jogo. Em primeiro lugar, está a queda do valor da libra esterlina imediatamente após o referendo, o que fez da UE mais cara para os britânicos. Em segundo lugar está a recuperação dos ataques terroristas de três grandes mercados de lazer: Egito, Tunísia e Turquia, que ganharam de volta turistas britânicos que se tinham afastado após a onda de violência em 2015”.