Fricção de lobbies atinge distribuição turística em Portugal
A distribuição turística nacional, em particular no segmento outgoing e nas empresas e marcas independentes, tem sido palco, nos últimos anos, de uma crescente fricção entre agrupamentos de agências de viagens. Uma disputa que decorre, muitas vezes, nos bastidores, com implicações associativas e tentativas de condicionamento da opinião pública no setor em Portugal.
Hoje, durante a abertura da 21ª Convenção da Airmet, Miguel Quintas, CEO da Airmet (agrupamento de viagens) e presidente da ANAV (Associação Nacional das Agências de Viagens), acusou a concorrência empresarial e associativa de um comportamento duvidoso, durante o ano em curso. Uma tensão no setor que tende a não abrandar.
No seguimento do balanço da empresa, destaca o responsável que, nos últimos últimos anos e até meses, “enfrentámos mudanças profundas na direção, desafios internos e decisões difíceis”. Mas, acresce o responsável, que “fomos alvo de bloqueios e lobbies, vindos de quem devia defender o setor, mas preferiu colocar obstáculos. Fomos atacados, muitas vezes de forma pessoal e injusta, por quem confundiu divergência com inimizade. Vivemos rasteiras de operadores turísticos que quiseram dividir para reinar, tentando enfraquecer a nossa força negocial e a união da rede. E assistimos a grupos concorrentes que ultrapassaram a linha da ética, espalhando informação falsa ou distorcida para tentar condicionar a opinião do mercado”.
Por Pedro Chenrim, em Punta Umbría, a convite da Airmet