Future of Travel: “60% dos viajantes planeiam ´ir para fora cá dentro` neste verão”

A Covid-19 não parou os viajantes, no entanto, causou grandes alterações de curto prazo nas suas tendências de viagem. Esta é uma das conclusões do estudo “Future of Travel” da Europ Assistance, realizado em parceria com a IPSOS, que entrevistou 11.000 viajantes de 11 países em todo o mundo, entre 5 e 26 de junho. O estudo partilhado agora à imprensa revela que, a maioria dos entrevistados prefere fazer viagens para mais perto de casa: “60% planeiam “ir para fora cá dentro” neste verão; 81% esperam fazer pelo menos uma viagem ainda em 2020 e 35% já a marcou para os meses de julho e agosto”.

O mesmo estudo indica ainda que a maioria dos entrevistados está confiante para marcar uma viagem entre o final de 2020 e início de 2021. Além disso, muitos indicaram que esperam voltar aos seus hábitos de viagem pré-covid, como andar de avião e ficar em bons hotéis, no início do próximo ano; 6% indicaram que farão uma viagem para fora do país a curto prazo, um número que duplica quando questionados sobre o próximo outono (14%) e inverno (14%) e em 2021, 19% dos viajantes globais admitem que farão uma viagem para fora do país. A vontade de viajar dentro do próprio país verifica-se para os meses de outono (52%) e inverno (54%), mas cai quase para metade (39%) nas intenções para 2021.

Relativamente aos planos para as férias de verão, “36% afirmaram que pretendem tirar uma semana para relaxar num destino junto à praia, como primeira viagem após o confinamento”. Quando questionados a propósito da forma como pretendem chegar ao seu destino, “74% dos inquiridos indicaram que vão viajar de carro (alugado ou próprio) e sobre a estadia, 61% vão optar por ficar em alojamentos locais ou pequenos hotéis”, numa tentativa de manter o distanciamento social e evitar grandes ajuntamentos, revela o estudo.

O estudo da Europ Assistance procurou ainda perceber quais as principais preocupações dos viajantes atualmente e que comportamentos preventivos estavam a adotar. No pódio das preocupações estão, o surgimento de uma epidemia durante uma viagem (36%), não se poder envolver nos seus hobbies de viagens e turismo devido à Covid-19 (28%) e ficar em quarentena no estrangeiro (27%). Por outro lado, a queda nas taxas de infeção (54%), um comunicado oficial do governo (25%) e a reabertura de hotéis, bares e restaurantes (25%) são os três principais fatores que mais tranquilizam os viajantes. Os principais comportamentos de prevenção que estão a adotar este ano são não viajar para certos países (79%), evitar lugares com muita gente (77%) e permanecer no próprio país (76%).

Outra tendência que a atual pandemia veio alterar é a “intenção de aquisição de seguro de viagem”, detalha o estudo. Antes da Covid-19, apenas “48% dos entrevistados ​​indicavam estar cobertos pelo seguro de viagem”. No entanto, “54% indicaram que comprariam este tipo de produto para a próxima viagem”. No que diz respeito a coberturas, “66% querem ser cobertos pelo repatriamento se o destino da viagem fechar as fronteiras ou impuser um confinamento, 63% querem ter cobertura para a duração da viagem e 62% desejam ter apoio pelos 14 dias após o regresso, caso adoeçam durante a viagem”, remata o estudo.