#FuturoTAP: “O Governo deve ter desde já a possibilidade de fazer parte da gestão executiva”

Ambitur.pt está a ouvir os Conselheiros Ambitur acerca do futuro da TAP, procurando perceber se ou Governo deve ou não intervir na situação da transportadora aérea, até onde pode ou deve ir essa intervenção e qual será o timing mais indicado para o fazer.

Vítor Filipe, presidente da TQ Travel Quality, partilha connosco a sua visão.

“Penso que o Governo deve intervir. A TAP é uma empresa estratégica para o país, nomeadamente para a sua atividade económica, mais importante, o turismo.

A intervenção deve ser profunda. O estado, dada a sua posição acionista, deve fazer parte da administração executiva, ter interferência direta na gestão da empresa. Os resultados conseguidos assim o confirmam, os prejuízos acumulados não são fruto desta pandemia. Aponto que um dos erros da atual gestão foi o relacionamento nos últimos anos com o seu maior cliente, as “Agências de Viagens”, que sempre foram um suporte importante para a companhia. Certamente com o despoletar desta crise vão voltar a ser olhados de outra maneira, pois estiveram sempre ao lado dos seus clientes na resolução dos imensos problemas que se verificaram.

No atual contexto, a intervenção do governo deve ser imediata e ter desde já a possibilidade de fazer parte da gestão executiva. O dinheiro que será colocado à disposição da empresa terá necessariamente ser bem gerido”.