GEA é um exemplo de “ousadia” e “escala”
Para Pedro Costa Ferreira, que esteve na Convenção da GEA, agrupamento de agências de viagens, que decorreu este fim-de-semana, em Coimbra, na qualidade de presidente da APAVT – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo, “a GEA é um ótimo exemplo de criação de escala com independência, cada um consegue ter uma dimensão maior do que nós próprios”. Para o responsável isso pode ser observado ao nível das condições de venda/compra, tecnologia, maior capacidade de intervenção na BTL e mais conhecimento como acontece na sua convenção, sendo assim considera que “é necessário a ousadia de continuarmos a ser cada vez maiores, a ter mais escala e sermos mais do que aquilo que somos, sendo o melhor exemplo Pedro Gordon (diretor-geral e um dos acionistas da GEA)”.
Para o responsável, olhando para o setor, “na primeira quinzena do primeiro mês deste mundo, não sabíamos o que ia acontecer este ano. Mas os resultados foram inesperados, muito próximos de 2019”, lembrando que este “é um setor de pequenas e médias empresas, com realidades diferentes”. Para Pedro Costa Ferreira, “temos que ter a noção do que significa este ano numa ótica de recuperação. Não é o fim de um caminho. Temos números afinados, com níveis de resultados iguais a 2022, mas teremos que caminhar 5/6 anos para recuperar os resultados de 20/21. É um esforço grande, nada está conseguido, um longo caminho pela frente, a crise é de balanço e não de demonstração de resultados. Nunca vimos nada assim”.
Para o presidente da APAVT 2023 será o próximo passo dessa recuperação, sendo que antevê oportunidades ao nível de incoming, mas também incerteza: “a maior certeza do próximo ano é a incerteza, sendo que a pandemia ainda pode fazer alguma mossa”. Para o responsável, face a um cenário de desaceleração económica ou, em alguns casos, recessão, é razoável e sensato que, olhando para o setor como um todo, 2023 será desafiante, mas “podemos ter que lidar com assimetrias, tem de ser razoável, racional, sério para que o negócio continue positivo”.
Por Pedro Chenrim, na Convenção da GEA, em Coimbra.